05 agosto 2007
01 agosto 2007
CT 173 - quem fica a perder..
Qual é o balanço da votação sobre a proposta de norma DIS 29500 , vulgarmente conhecida por OOXML ?
Que o comportamento do representante da Microsoft Portugal no Comité Técnico 173 "Linguagens de Descrição de Documentos" é um inventário de tudo o que não se deve fazer quando se está a tentar construir um standard de indústria:
1 - Arregimentou vários parceiros para o dito Comité Técnico de Normalização que não acredito que tenham qualquer interesse em continuar a ir a reuniões durante os presumíveis 3 anos de vida de duração deste comité . Segundo testemunhos de vários membros do Comité, alguns vogais nunca abriram a boca nas reuniões. Quantos destes vogais saberão que mais trabalho espera este comité de normalização? Recomendo-lhes que leiam o Programa de Trabalho do ISO para SC34...
Por exemplo - que interesse genuíno terão a JP Sá Couto ou a ASSOFT na normalização de Linguagens de Normalização de Documentos ?
2 - Propôs-se presidir a um Comité de Normalização, e assumiu essa presidência, quando se estava a discutir um assunto de que era parte interessada.
3 - Propôs a votação sobre o Draft Standard DIS logo na primeira reunião do Comité Técnico de Normalização (Está na Acta, que agradecia que fosse publicada). A existência de uma votação num comité de normalização é uma excepção, o normal é chegarem-se a consensos. O agendamento de uma votação logo na sessão inicial do Comité é um indício de que não se procuravam consensos.
4- Propôs na segunda reunião que não fossem aceites mais membros para o Comité Técnico, rejeitando a presença de entidades que poderiam contribuir para o debate, e para um consenso mais alargado, como a Sun, a IBM ou o IST (Está na Acta, que agradecia que fosse publicada). Em linguagem comum, diria que a Microsoft fechou a porta na cara à Sun, à IBM e ao IST.
Um standard de indústria é por norma consensual. Demora tempo, porque envolve negociações entre empresas e consumidores, até se chegarem a soluções de compromisso que sejam aceites por todas as partes. Um exemplo é a nova norma de Wi-Fi, o 802.11n, que está em discussão desde Julho de 2004.
Ao adoptar o comportamento relatado anteriormente, o Presidente do Comité Técnico de Normalização 173 , em simultâneo representante da Microsoft Portugal no mesmo Comité, demonstrou que não entende ou não quer entender o que são standards, que não procura consensos de indústria mas apenas fazer passar rapidamente a posição de quem lhe paga o ordenado.
Quem ficou a perder com todo este caso ?
A credibilidade da Microsoft Portugal.
E pior, a imagem de Portugal no mundo das normas internacionais.
Que o comportamento do representante da Microsoft Portugal no Comité Técnico 173 "Linguagens de Descrição de Documentos" é um inventário de tudo o que não se deve fazer quando se está a tentar construir um standard de indústria:
1 - Arregimentou vários parceiros para o dito Comité Técnico de Normalização que não acredito que tenham qualquer interesse em continuar a ir a reuniões durante os presumíveis 3 anos de vida de duração deste comité . Segundo testemunhos de vários membros do Comité, alguns vogais nunca abriram a boca nas reuniões. Quantos destes vogais saberão que mais trabalho espera este comité de normalização? Recomendo-lhes que leiam o Programa de Trabalho do ISO para SC34...
Por exemplo - que interesse genuíno terão a JP Sá Couto ou a ASSOFT na normalização de Linguagens de Normalização de Documentos ?
2 - Propôs-se presidir a um Comité de Normalização, e assumiu essa presidência, quando se estava a discutir um assunto de que era parte interessada.
3 - Propôs a votação sobre o Draft Standard DIS logo na primeira reunião do Comité Técnico de Normalização (Está na Acta, que agradecia que fosse publicada). A existência de uma votação num comité de normalização é uma excepção, o normal é chegarem-se a consensos. O agendamento de uma votação logo na sessão inicial do Comité é um indício de que não se procuravam consensos.
4- Propôs na segunda reunião que não fossem aceites mais membros para o Comité Técnico, rejeitando a presença de entidades que poderiam contribuir para o debate, e para um consenso mais alargado, como a Sun, a IBM ou o IST (Está na Acta, que agradecia que fosse publicada). Em linguagem comum, diria que a Microsoft fechou a porta na cara à Sun, à IBM e ao IST.
Um standard de indústria é por norma consensual. Demora tempo, porque envolve negociações entre empresas e consumidores, até se chegarem a soluções de compromisso que sejam aceites por todas as partes. Um exemplo é a nova norma de Wi-Fi, o 802.11n, que está em discussão desde Julho de 2004.
Ao adoptar o comportamento relatado anteriormente, o Presidente do Comité Técnico de Normalização 173 , em simultâneo representante da Microsoft Portugal no mesmo Comité, demonstrou que não entende ou não quer entender o que são standards, que não procura consensos de indústria mas apenas fazer passar rapidamente a posição de quem lhe paga o ordenado.
Quem ficou a perder com todo este caso ?
A credibilidade da Microsoft Portugal.
E pior, a imagem de Portugal no mundo das normas internacionais.
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