27 outubro 2009

Software Open Source no Departamento de Defesa dos Estados Unidos

O Departamento de Defesa dos Estados Unidos acaba de esclarecer num memorando as suas orientações relativamente à utilização de software open source. Seria interessante que as autoridades portuguesas as lessem:

ORIENTAÇÃO
a. O Software Open Source (OSS) cumpre a definição de software comercial em quase todos os casos, e será-lhe-á dado a preferência estatutária apropriada conforme (várias referências internas do DoD..)
b. As agências executivas, incluindo o Departamento da Defesa, devem conduzir
pesquisa de mercado na preparação da aquisição de produtos ou serviços segundo (mais referências internas do DoD..). A pesquisa de mercado para o software deve incluir OSS quando ele poder ser adequado às necessidades.
(1) Há aspectos positivos de OSS que devem ser considerados durante o estudo de mercado de software para utilização no DoD, tais como:
(i) A contínua e ampla revisão pública permitida pelo código fonte livremente disponível fortalece a fiabilidade e a segurança do software por via da identificação e eliminação de defeitos que poderiam ir de outra maneira não reconhecidos por um núcleo mais limitado da
equipe de desenvolvimento.
(ii) A capacidade irrestrita de modificaro código fonte do software permite ao Departamento responder mais rapidamente a situações de mudança e ameaças futuras.
(iii) A dependência de determinados fornecedores de software devido a restrições proprietárias pode ser reduzida pelo uso de OSS, que pode ser operado e mantido por diversos fornecedores de serviços, reduzindo as barreiras de entrada e de saída.
(iv) As licenças de código aberto não restringem quem pode usar o software ou em que campos de actividade. Por isso, o OSS proporciona um modelo de licenciamento que permite o fornecimento rápido de licenças tanto a utilizadores conhecidos como a imprevistos.
(v) Como o OSS tipicamente não tem um preço de licença por utilizador, pode proporcionar uma vantagem de preço em situações em que podem ser necessárias muitas cópias do software, e pode mitigar o risco do aumento de preço em situações onde o número total de utilizadores não é conhecido com antecedência.
(vi) Através da partilha da responsabilidade pela manutenção do OSS com outros utilizadores, o Departamento pode beneficiar da redução do preço total da propriedade do software, em particular comparado com o software para o qual o Departamento tem a única responsabilidade pela manutenção
(vii) O OSS é especialmente conveniente para prototipagem rápida e experimentação,
onde a capacidade de testar o software com custos e prazos mínimos pode ser importante.

03 outubro 2009

O próximo Ubuntu








Para quem já não se deixa impressionar pelas repetidas promessas de outros de que "agora é que é, este agora é que é bom, desculpem qualquer coisinha pela versão anterior.." saiu agora a versão beta do Ubuntu Linux 9.10 . O Ubuntu habituou-nos a este ritmo sincopado de actualizações que o está a dirigir rapidamente na direcção de ser o melhor sistema operativo desktop do mundo.

Quem quiser ser mais cauteloso pode esperar pela versão definitiva no final de Outubro.

Esta versão outonal traz muitas boas novidades, algumas das quais já cá deviam estar há muito tempo - mas mais vale tarde que nunca.

Parte dessas novidades são originais do Ubuntu, outras decorrem da actualização do ambiente desktop Gnome para a versão 2.28, que é utilizado também pelas outras versões de Linux e nix (Solaris).

Uma há muito devida é uma boa aplicação de gestão de dispositivos Bluetooth
A aplicação de "messenger" Empathy promete ser mais consistente e integrada no desktop
E o "Cheese", a aplicação de fotos e vídeos no Webcam, promete muito divertimento.

Todas as outras mudanças no desktop provenientes do Gnome estão descritas aqui.


As mudanças que são trazidas pela própria equipa do Ubuntu são bem radicais.

Numa perspectiva mais técnica, o novo sistema de arranque do sistema e aplicações Upstart rompe com um método, o init, que já vem dos tempos aúreos do Unix - há muito tempo, portanto. Permitirá uma maior flexibilidade e dinâmica ao sistema. É um dos pontos a seguir com atenção (para os técnicos..)

Se instalar aplicações em Ubuntu já era fácil, procedeu-se agora a uma já difícil melhoria, pela integração das funções de instalação e actualização de software num novo Ubuntu Software Center.

E a sincronização de documentos e ficheiros com outras pessoas e outros computadores vai ser radicalmente facilidada com o novo Ubuntu One.

Estas foram as novidades que mais me chamaram a atenção. Vejam vós próprios no site do Ubuntu.

E cuidado com aqueles moços que só vêm setes à frente .. :-)