03 fevereiro 2008

À sucapa

Juro que tenho muito mais intereresse em falar das novas adopções de Linux e OpenOffice.org, das inovações gráficas do Compiz, do melhorado suporte de placas gráficas em Linux, do novo KDE 4. Lá irei, em posts posteriores. Mas não consigo conter a irritação que me causa o saber que enquanto neste e noutros blogs simpatizantes e empregados da Microsoft apregoam a liberdade de escolha, recebo notícias de dois Ministérios que renovaram os famigerados Acordos Microsoft. Como de costume, sem consulta à concorrência. Como de costume, no valor de alguns milhões de Euros. Como de costume, por ajuste directo. Como de costume, sem publicação em Diário da República. Como de costume, negociado à sucapa num qualquer gabinete.
E não me peçam provas! Digam-me é quando foi a última vez que foi publicada uma consulta para sistemas operativos e offices.

Entretanto se alguém souber da publicação de algum destes contratos, agradeço imenso. Eu não consigo encontrar um único...

76 comentários:

Anónimo disse...

Estando a fazer um doutoramento no estrangeiro sobre contratação pública gostava de ver o fundamento para utilizarem o ajusto directo, cuja utilização acima de certos limiares (meia dúzia de milhares de contos se não me falha a memória) é excepcional.

Tenho mesmo uma certa curiosidade.

Anónimo disse...

Provavelmente usaram-se os mesmos argumentos de outros licenciamentos similares (ex: Oracle). Se não me falha a memória, este tipo de produtos, tal como os equipamentos informáticos, estão na Central de Compras do Estado. Assim, é possível adquirir software, equipamentos, etc., sem concurso público, bastando uma consulta simples.

Anónimo disse...

Não me admira absolutamente nada que hajam luvas ao barulho - não tenho provas, mas também não descarto a ideia de que a MS tenha os seus cães de fila preparados para o que "der e vier", e se for caso disso dar umas "xboxes" aos amigos. Substituam "xboxes" p'lo que bem entenderem...

É uma de muitas maneiras de manter a egemonia. Se acontece em casas mais pequenas que um ministério por que carga de água não aconteceria nesses casos?...

Anónimo disse...

s/egemonia/hegemonia

Anónimo disse...

Levantar este tipo de suspeições - o que aliás começa a ser habitual neste blogue! - já é grave, mais grave é permitir determinados comentários infundados e perversos, sobretudo quando o autor do blogue tem a obrigação de conhecer a verdade, pois é um dos maiores especialistas nos meandros da Central de Compras. Já o era na SUN, como pré-sales Account Manager do Sector Público, e fez o mesmo na Unisys uns 10 anos …! Lamentável pois o post e os comentários permitidos!!!

pvilela disse...

Qual é a verdade?

Em primeiro lugar, não tenho quaisquer indicações da existência de luvas, nem creio que existam. Certamente que uma visita em Redmond ajuda a concretizar um negócio, mas isso é uma prática normal e generalizada na indústria.

Mas se os comportamentos fossem mais transparentes esse tipo de comentário não existiria.

Eu não insinuo que não hajam consultas ao mercado no caso de software para Postos de Trabalho, eu afirmo-o! Isso não é uma suspeição, é um facto.

O que existe é o que existia também com a Portugal Telecom, e que foi objecto de regulação por parte de um governo anterior. No caso das telecomunicações, como no caso do software para Postos de Trabalho, os contratos eram renovados continuamente, "por tradição", sem consulta aos novos operadores. A ONI e a Novis pura e simplesmente não conseguiam, por via deste facto, entrar na Administração Pública. Então o governo regulou que deveria haver consultas ao mercado no mínimo de 3 em 3 anos.

É isso que preconizo também para o mercado de software para Postos de Trabalho.

Anónimo disse...

Levantar este tipo de suspeições? Estamos a falar de factos, não de suspeições! A postura de "virgem ofendida" é, no mínimo, risível.

Anónimo disse...

Amigo Vilela,

Acho que o consigo ajudar:
A sua “irritação” é fruto de racionalidade limitada por falta de distanciamento afectivo.
Como o amigo saberá por tanta sapiência adquirida ao serviço da causa pública, o método de ajuste directo para os produtos e serviços conexos presentes no CTAP são a formula que a AP encontrou para conferir celeridade ao processo de compras públicas. Ao abrigo destes contratos quadro todas as empresas sem excepção, desde que selecionadas pela já extinta DGP, forneceram bens e serviços ao Estado sem recurso á figura da consulta ou concurso.
Caro amigo, na minha opinião a sua contribuição para o desenvolvimento da sociedade da informação em Portugal poderá ser importante,com uma condição, liberte os seus fantasmas, contribua positivamente.

Irmão Carmelo

pvilela disse...

Pois agradeço a oferta de um dia num SPA :-)

Em relação ao ajuste directo, o valor limite actual é de 5.000 Euros. Cinco mil euros. Acima desse valor tem de existir uma justificação por motivos de urgência ou semelhante, e uma aprovação a nível de de Director-Geral ou Secretário de Estado, consoante o valor.

Alguém teria urgência de escrever uma carta em Word??

Anónimo disse...

Irmão Vilela,

Necessita de revisitar o conceito no que concerne ao limite máximo. Ó irmão não conseguiria ter prescrito um único equipamente SUN sem recurso á referida consulta ou concurso público. E como o irmão bem sabe não é essa a pratica por si abençoada.
Pois é irmão,lá diz o povo"...com papas e bolos se enganam os tolos..."
respeitosos cumprimentos
Irmão Carmelo

pvilela disse...

5.000 Euros é mesmo o valor actual do ajuste directo, irmão. :-)

Depois há o conceito da consulta, onde se pode ir até 200.00 Euros. Pode-se contornar a lei pedindo 3 cotações de qualquer produto especificado a 3 parceiros do fornecedor - por exemplo Microsoft Office. Só que isso também é ilegal, pois não se pode especificar marcas numa consulta.

Acima de 200.000 Euros tem de se fazer um concurso público, irmão. Ou arranjas um desculpa qualquer tola como "não há alternativas ao Microsoft office" e fazer com que o secretário de estado assine...

Anónimo disse...

Paulo,

Como por aqui já alguém disse, conhece os procedimentos bem. A sua própria empresa tem beneficiado dos mesmos igualmente (se calhar com as mesmas justificações que considera tolas), e não o vi, insurgir-se nessas alturas, que será que aconteceu desde esses momentos até agora?

Esta sua irritação, é a forma que tem de pregar com um carimbo de incompetentes a todos os gestores da Administração Pública, inclui nesse saco, todos os que também adquirem produtos e serviços à sua empresa ou só quando o fazem aos outros fornecedores? Porque raio acha que alguém escolhe algo com que você não concorda e que isso é uma má decisão? Se como você diz não conhece a realidade das organizações, e ainda assim acha que sabe o que é melhor para elas?

Victor

Anónimo disse...

Caro Irmão,

Não permita que "fantasmas" dominem a sua mente e discurso. Mais uma vez entendo o seu discurso,como que embuido em juizos de valor, por tal, permita-me irmão, subjectivos e altamente questionáveis.

Mais uma vez apelo ao seu elevado sentido de responsabilidade trazendo a esta conversa clareza e objectividade que tanto os assuntos em epigrafe como os decisores invocados, assim o merecem.

respeitosos cumprimentos

Anónimo disse...

Irmão Victor,

Bem vindo a esta discussão. O Irmão Vilela é um bom irmão.Com grande capacidade para contribuir e com enorme qualidade. Mas por vezes tem lapsos de memória o que o obriga a repetir sempre as mesmas marcas no seu apaixonado discurso e ainda a enobrecer e elogiar as qualidades mentais e emocionais dos seus clientes.

Saudações.

pvilela disse...

O ataque é uma táctica que se usa bem especialmente quando não há defesa. Não aceito argumentos do tipo "somos todos igualmente maus, portanto não critiques". Critico. E se tiverem algum comportamento menos ético a apontar à Sun, critiquem também.

Também não coloco todos os gestores públicos ao mesmo nível.

A minha crítica não é sobre o que escolhem. Quando um cliente da Sun escolhe HP ou IBM em vez de Sun, paciencia. Pode ter sido por preço, pode ter sido por funcionalidades. O que critico é a forma como as coisas são feitas. A Sun não tem resolvido ir por esse caminho, mas se o quisesse poderia contestar todos estes acordos Microsoft em tribunal, por falta de concursos público ou de consulta a vários fornecedores. Se esse procedimentos fossem feitos e ganhasse a Microsoft, paciência. MAS NÂO SÂO FEITOS. (e não é um lapso de memória, irmão).

Em relação aos gestores públicos e aos acordos Microsoft, sei que custa mudar de hábitos, e que deveriam haver instruções de cima para acabarem com este tipos de práticas. Mas hão de acabar, nem que seja via União Europeia.

Anónimo disse...

Caro Irmão,

Parece-me que a sua linha de raciocino está felizmente distante da grande maioria dos seus colegas da empresa que representa.
Apresenta vossa senhoria um tom radical na aproximação aos assuntos que expõe, alicerçados em juizos de valor perfeitamente desajustados da realidade.
Recordo por ventura as palavras do seu respeitável CEO (Scott) em que numa das últimas deslocações a Portugal em
almoço promovido pela APDC afirmou alto e bom som: "...Governments shouldn´t mess with open source...". Terá o irmão percebido as palavras do seu CEO, está por ventura vossa senhoria alinhada com a estratégia da empresa que representa ou elabora o seu pensamento, legitimamente, em nome próprio?

Anónimo disse...

Irmão Vilela, já nos habituou a suspeições e falsos alarmes, mas tente ter tento na ponta dos dedos e não escrever sobre o que não sabe, designadamente direito europeu e da concorrência. Deixe lá a UE fora disto!!

Anónimo disse...

"...Governments shouldn´t mess with open source...": anónimo parece que você é que não percebe o que esta frase quer dizer nem em que contexto foi dito.

"..designadamente direito europeu e da concorrência. Deixe lá a UE fora disto!!": UE significa União Europeia, Portugal pertence à União Europeia, tribunal europeu defende os direitos dos cidadãos da União Europeia, etc. Já consegue perceber porquê que se fala em Direito Europeu neste blog? Mas tem razão, é melhor não falar no tribunal europeu que algum tempo atrás condenou uma certa empresa por monopólio.

Anónimo disse...

Irmãos,

Por certo sabeis que "o hábito não faz o monge". Revelai então sem medo os nomes dos infiéis pecadores ministérios para que se lhes aplique a Justiça Divina. Se os culpados o não forem, que caia a Justiça sobre quem injustamente os acusa.

Ide em paz e que o senhor vos acompanhe.
Irmão Caramelo

Anónimo disse...

@pvilela

Se a Sun tem conhecimento dessas maroscas e não inicia processos judiciais contra as entidades adjudicantes e a MS, então não é com desabafos num blog que algo vai mudar.

Ainda para mais quando o actual Código de Processo nos Tribunais Administrativos é extremamente flexível para reconhecer a legitimidade de empresas que sejam prejudicadas em concursos públicos/concurso limitado ou em situações em que o mesmo deveria ter sido utilizado.

Se não utilizam os meios legais ao dispor e estando devidamente informados dos factos, não façam o papel de virgens ofendidas.

Pela experiência que tenho no tema, não me admirava que não o façam por ter medo de represálias das entidades adjudicantes colocadas em cheque ou por incentivar uma guerra com a MS em que esta impugnaria judicialmente os futuros contratos que a Sun ganhasse só para chatear.

Em Inglaterra o medo das represálias é o principal motivo (a par dos custos) para a inexistência de grande número de impugnações judiciais de contratos públicos.

Anónimo disse...

QUESTÕES DO DIA:

Irmãos:

O que pensarão os clientes (actuais e potenciais sobretudo no sector da Administração Pública) da SUN sobre o tipo de comentários e suspeições que aqui se levantam, sobretudo num blog de alguém com responsabilidades comerciais e de gestão ???…..

E já agora o que pensarão os superiores hierárquicos, na SUN claro está, sobre a conduta do autor do blog???…..

Anónimo disse...

E já agora o que pensarão os superiores hierárquicos, na Microsoft claro está, sobre a conduta dos comentadores do blog??? Que passam tanto tempo em blogs em vez que reparem os bugs básicos do IE e do "standard" ooxml?

PGP

pvilela disse...

Vou-me repetir duas vezes:

1- O que escrevo neste blog é em nome pessoal, tal como vem indicado no seu subtítulo "Considerações pessoais sobre o software aberto".E não tenho responsabilidades de gestão.

2-Como disse no post "Entretanto se alguém souber da publicação de algum destes contratos, agradeço imenso. Eu não consigo encontrar um único..."

O que sugerem que se faça quando se é informado verbalmente de que foi renovado um Acordo Microsoft, se procura o mesmo em Diário de República e nada se encontra? Será que todos os Ministérios usam software pirata? E quando por outro lado se sabe que não existiram consultas para a aquisição de software de posto de trabalho nos últimos anos? O problema está aqui, as provas são por omissão...Não existem indícios, não existem concursos públicos para contestar....

Ponho a questão ao contrário: digam-me quando foram feitas as ditas consultas, se elas existiram...

pvilela disse...

O único que não foi à sucapa:

DATA : Quinta-feira, 13 de Julho de 2006

NÚMERO : 134 SÉRIE II

EMISSOR : Ministérios das Finanças e da Administração Pública e do Trabalho e da Solidariedade Social

PARTE : PARTE C

DIPLOMA/ACTO : Portaria n.º 1093/2006

SUMÁRIO : Autoriza o procedimento de ajuste directo para aquisição de 3700 licenças Microsoft ao abrigo da Enterprise Agreement para o Instituto do Emprego e Formação Profissional

PÁGINAS DO DR : 11071 a 11071

Ver página(s) em formato PDF

TEXTO :

Portaria n.º 1093/2006
Considerando o processo de contratação a desenvolver pelo Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP), através de procedimento por ajuste directo ao abrigo de contratos públicos de aprovisionamento celebrados com a Direcção-Geral do Património, através do processo AQB.20052100903, para a aquisição de 3700 licenças Microsoft ao abrigo do Enterprise Agreement para o IEFP;
Considerando que uma vez que as respectivas despesas irão dar lugar a encargo orçamental em mais de um ano económico, nos termos do n.º 1 do artigo 22.º do Decreto-Lei n.º 197/99, de 8 de Junho, tal carece de prévia autorização conferida através de portaria:
Assim:
Manda o Governo, pelos Ministros de Estado e das Finanças e do Trabalho e da Solidariedade Social, o seguinte:
1.º O IEFP fica autorizado a realizar o procedimento por ajuste directo ao abrigo de contratos públicos de aprovisionamento celebrados pela Direcção-Geral do Património para a aquisição de 3700 licenças Microsoft ao abrigo do Enterprise Agreement para o IEFP, pelo valor de Euro 2 250 000, acrescido de IVA à taxa legal em vigor, não podendo exceder os encargos resultantes da adjudicação, em cada ano económico, as seguintes importâncias:
2006 - Euro 937 500, acrescido de IVA à taxa legal em vigor;
2007 - Euro 750 000, acrescido de IVA à taxa legal em vigor;
2008 - Euro 562 500, acrescido de IVA à taxa legal em vigor.
2.º As importâncias fixadas para os anos económicos de 2006, 2007 e 2008 poderão ser acrescidas dos saldos apurados nos anos anteriores.
3.º Os encargos resultantes da presente portaria serão satisfeitos pelas adequadas verbas inscritas no orçamento do IEFP.
21 de Junho de 2006. - O Ministro de Estado e das Finanças, Fernando Teixeira dos Santos. - O Ministro do Trabalho e da Solidariedade Social, José António Fonseca Vieira da Silva.

Anónimo disse...

Bonita conduta .... Sim senhor .... principalmente vinda de uma pessoa da área.
Gostava de ver a cara de alguns clientes, principalmente do estado, quando você tiver alguma reunião, com eles .... "Olha o queixinhas .... "

Anónimo disse...

Na agricultura
Despacho n 17 680/2007
PDF:: http://www.min-agricultura.pt/oportal/extcnt/docs/FOLDER/CA_LEGISLACAO/F_LEGIS_2007/TXT_07/Reg_187.PDF

PGP

Anónimo disse...

Despacho n 17 680/2007

"Ao abrigo do disposto no artigo 35.o e seguintes do CPA e no âmbito dos poderes de substituição do Ministro das Obras Públicas, Transportes e Comunicações, conferidos no n.o 4 do despacho n.o 16 229/2005, de 7 de Julho, publicado no Diário da República 2.a série, de 26 de Julho de 2005, delego no secretário-geral do Ministério, Dr. José dos Santos Cardoso, a competência para assinar todos os contratos e documentos contratuais a celebrar com a Microsoft Ireland Operations, Limited, por forma a dar execução ao protocolo assinado entre o Ministério das Obras Públicas, Transportes e Comunicações e a Microsoft em 5 de Junho de 2007 e que regula os termos, condições e acções de colaboração a implementar pela MSFT, Software para Microcomputadores, L.da, e o Ministério das Obras Públicas, Transportes e Comunicações, através do FSI — Fundo para a Sociedade de Informação, na promoção da info-inclusão e desenvolvimento de competências em TIC. O presente despacho produz efeitos a partir da data da sua assinatura.

16 de Julho de 2007. — O Secretário de Estado Adjunto, das Obras Públicas e das Comunicações, Paulo Jorge Oliveira Ribeiro de Campos."

http://www.min-agricultura.pt/

PGP

pvilela disse...

É engraçado chamar queixinhas a alguém por citar um documento oficial publicado em Diário da República..:-)

Já agora,o que diz a legislação ainda em vigor desde 1999 (vai ser alterada a 31 de Julho de 2008):

Decreto Lei nº 197/99 de 8 de Junho

Artigo 10º
Princípio da concorrência
Na formação dos contratos deve garantir-se o mais amplo acesso aos procedimentos dos interessados em contratar, e em cada procedimento deve ser consultado o maior número de interessados, no respeito pelo número mínimo que a lei imponha

Artigo 80º
1-É aplicável o concurso público quando o valor do contrato seja igual ou superior a 25 000 contos ou, por decisão da entidade competente para autorizar a despesa, quando inferior àquele valor
..

Artigo 81º
Consulta prévia e ajuste directo
3-Pode recorrer-se ao ajuste directo quando:
a) O valor do contrato seja igual ou inferior a 1 000 contos;
b) A natureza do serviço a prestar, nomeadamente no caso de serviços de carácter intelectual e de serviços financeiros, não permita a definição de especificações do contrato necessárias à sua adjudicação de acordo com as regras aplicáveis aos restantes procedimentos, desde que o contrato não ultrapasse os limites estabelecidos no artigo 191º

Artigo 86º
Ajuste directo
1-O ajuste directo pode ter lugar, independentemente do valor, quando:
a) As aquisições sejam efectuadas ao abrigo de contratos públicos de aprovisionamento celebrados pela Direcção-Geral do Património
....

Portanto, sim, é legal, Mas é uma boa prática de gestão de dinheiros públicos? Certamente que não. Está em linha com o princípio da concorrência? Certamente que não.

O que defendo é que as entidades públicas se apercebam de que existe concorrência também neste sector, e que façam um favor a si mesmos e à boa gestão dos dinheiros públicos realizando consultas públicas em vez de se se sujeitarem ao preço que o monoplista de serviço lhes quiser fazer.

Anónimo disse...

E digo mais .... Queixinhas .... ou então dor de cotovelo.

Anónimo disse...

Acho que deve ser dor de cotovelo. Usar software caro e com bugs básicos deve ser considerado um must...
Ah! Atenção que dizer mal do odf não é ser queixinhas...

PGP

Rui Seabra disse...

O sr. Filipe Jorge é da Microsoft, por definição um "cão-de-fila" da dita empresa.

Todos os seus comentários devem ser lidos tendo isso em mente.

Rui Seabra disse...

Quem está por aqui a acusar o Paulo de "queixinhas" devia ir lavar a boca com sabão.

Muito bem, Paulo, por colocares a boca no trombone.

Não te rales com o que dizem os cães de fila, pelo menos há sempre alguns mais estúpidos que outros e dá para rir com o que dizem.

Rui Seabra disse...

E no artigo em que dei seguimento do teu post, em http://blog.softwarelivre.sapo.pt/2008/02/03/2-ministerios-renovam-acordo-microsoft-sem-concurso-publico/, apareceu lá um António Godinho do Tribunal de Contas que faz tudo menos criticar isto.

Diz tudo, não diz?

Rui Seabra disse...

«todos os contratos e documentos contratuais a celebrar com a Microsoft Ireland Operations»

Q: Porquê com a Microsoft Irlanda?

R: Microsoft Irlanda não paga imposto na venda de Licenças

Q: Mas... e o imposto que devia ficar na Europa?

R: Ardeu? :)

Anónimo disse...

Paulo,

Parabéns pela coragem. Não duvido que a Sun fizesse o mesmo se estivesse onde a MS está, mas quiçá se assim fosse trabalhasses na MS e não na Sun.

O que está mal é para ser denunciado, doa a quem doer. Há anos que os srs da MS fazem e desfazem neste país.

pvilela disse...

Aqui está um exemplo de como o que noutra área económica seria uma negociação para baixar preços é classificada como "Protocolo" e "projecto estruturante".(suspiro), Se em vez de ajuste directo existisse uma negociação com outras alternativas o preço seria ainda mais baixo, ou nulo, mas enfim, hão de aprender isso mais cedo ou mais tarde..

Pelo menos já perceberam que com a Microsoft " o software vem assumindo um peso crescente em termos de custos". Ainda hão de perceber o resto, como começar a diminuir esse peso com software livre..

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Coimbra Região Digital celebra protocolo com Microsoft
Os municípios e outras entidades do projecto Coimbra Região Digital passam a dispor, a partir de hoje, de condições mais vantajosas a nível da gestão de software, nos termos de um protocolo celebrado com a Microsoft.

Firmado hoje nas instalações da Associação Coimbra Região Digital (ACRD), o protocolo estabelece uma parceria com a Microsoft Portugal para a gestão agregada do licenciamento de software, dirigida aos cerca de 30 associados da ACRD.

«É um momento determinante para o projecto Coimbra Região Digital e para a ACRD. É a demonstração inequívoca de que Coimbra está na rota dos projectos estruturantes», salientou Horácio Pina Prata, presidente da Associação.

Mauro Xavier, responsável da Microsoft para os projectos de regiões digitais em Portugal, disse aos jornalistas que o protocolo proporciona aos associados da ACRD «condições que, individualmente, não tinham».

Segundo uma nota acerca do protocolo, «de entre as tecnologias da informação e comunicação de âmbito geral e autárquico/municipal em particular, o software vem assumindo um peso crescente em termos de custos, não só no momento da aquisição, mas também em estágios de desenvolvimento (middleware) e posteriormente em sucessivas fases de manutenção (renovação de licenças)».

«A gestão de licenças de software transforma-se assim numa actividade nuclear devido ao peso crescente nos orçamentos de investimento anual, cujo modelo de gestão é urgente implementar para fazer face aos diferentes modelos de negócio estabelecidos pelos diferentes fornecedores/operadores de software».

De acordo com o texto, esta oportunidade de estabelecer negócios de agregação tem vantagens para as 16 autarquias e restantes entidades que integram a Região"

http://diariodigital.sapo.pt/news.asp?section_id=18&id_news=315356

Anónimo disse...

Pronto já lavei a boca com sabão ....
Mas não sei porquê continuo a dizer QUEIXINHAS.

Olha e se todos vocês criassem um novo País ???, Que tal um país completamente Utópico, isto não se passa somente em Portugal ..., mas sim em todo o Mundo.
Já experimentaram lavar a cara ( com Sabão ou Sabonete, deixo ao vosso critério )e abrirem a pestana quando acordam todos os dias ????

Isto de Blog ou de considerações pessoais, não tem NADA, tem somente criticas, provocações, ofensas, Queixinhas e mais nada.

Já agora o blogista PVilela diga, defende o OpenSource para viver num Mundo Melhor, para o Estado Gastar menos Dinheiro ou então para você com a sua empresa colocar mais algum no Bolso.
Pois é parece-me bem que é a última opção, não tenha vergonha de o assumir, Assuma-o de uma vez por todas. O tempo dos Idealistas já foi.

Já agora também deve ser militante do Bloco de Esquerda, aqueles que nunca provaram nada, mas que estão sempre a criticar e com soluções Utópicas.

pvilela disse...

Continuo a achar engraçado ser apelidado de queixinhas agora por publicitar uma "press release". :-) . Até me deviam agradecer..

Eu defendo a liberdade, e a igualdade de oportunidades. E a melhoria contínua deste país. Gosto de deixar um sítio mais limpo do que estava antes de lá ter chegado. O país vai ser limpo se eu apanhar uns pápeis do chão? Insignificantemente mais limpo. Mas fico satisfeito se quando lá voltar continuar mais limpo.
Há os outros que vêm um local sujo, e como já está sujo, atiram mais umas beatas para o chão. "Continua sujo". Pois, mas vai custar mais a limpar depois.

São duas atitudes perante a vida. Já fica a saber qual é a minha. Gostaria de o convencer a ter a mesma.

Eu defendo a transparência no software porque trabalho nessa área. Se trabalhasse na área da construção civil defenderia a transparência aí.È um sector em que de facto o país fica muito mais prejudicado pelos negócios ocultos.

Quer que lhe diga que a Sun é isenta de críticas na forma como faz negócios? Nem sempre. Mas por mim, tento que seja. Claro que sendo funcionário da Sun fico satisfeito se a Sun ganha negócios. Mas também lhe digo que não trabalharia na Sun se sentisse que a minha ética e a ética da companhia estivessem permanentemente em conflito. Felizmente, costumam ser coincidentes. Como é no seu caso?

Em termos de Sun são muito piores os embates de negócio com a HP e a IBM. São esses os nossos principais concorrentes. Contudo não me vê a dizer mal deles. Estou com isto a tentar explicar-lhe que ao contrário do que pensa, as motivações deste blog não são aumentar os lucros da Sun. São a transparência e a igualdade de oportunidades. E Pode haver sã concorrência entre empresas, sabe?


Num blog escreve-se, de facto. Num blog não se actua. Não costumo de facto falar tanto do que faço. Mas digo-lhe que é como no caso dos papeis, tento deixar tudo mais limpo.

E o meu caro anónimo, vai continuar a atirar papeis para o chão porque ele já está sujo? Experimente limpar algo à sua volta. Vai-se sentir melhor.

Anónimo disse...

O que Tu queres, sei eu...

PVilela para Presidente !!

Força, penso que será só recolher as devidas assinaturas e candidatar-se.

Limpar os papeis à volta ?, olhe por acaso até tenho a consciência leve nessa área.

Sã concorrência, o que você quer é impingir à força o "seu software" Open-Source, inclusivamente tentando alterar as regras dos concursos, ou fazendo QUEIXINHAS.

Porque é que não faz queixa à Comissão Europeia ?, apresente os seus argumentos ... mas depois quero ver quem é que quer fazer algum tipo de negócio consigo, pelo que vejo tem mau perder e se perder começa logo a querer alterar as regras ou a fazer QUEIXINHAS.

Agora entendo, o que você quer é encher os seus bolsos, mesmo ás custas de Queixinhas.

pvilela disse...

Ora agora que já tenho um apoiante vou pensar a sério nisso de Presidente :-)
Como primeiro subscritor da minha candidatura, não quer começar já a contribuir para os fundos da campanha ? :-)

Anónimo disse...

1. "Que tal um país completamente Utópico, isto não se passa somente em Portugal ..., mas sim em todo o Mundo."
Finalmente alguém da Microsoft admite que existem "negócios estranhos".

2. "Isto de Blog ou de considerações pessoais, não tem NADA, tem somente criticas, provocações, ofensas, Queixinhas e mais nada. ... Já agora também deve ser militante do Bloco de Esquerda, aqueles que nunca provaram nada, mas que estão sempre a criticar e com soluções Utópicas."

Olha para o que eu digo, não olhes para o que eu faço!?


PGP

Anónimo disse...

"Comissão Europeia investiga participação da Microsoft nas Comissões Técnicas"
http://www.noooxml.org/

PGP

Anónimo disse...

O nível dos micro$oftiano$ é tão desesperantemente baixo... Devem andandar com eles apertados, para ultimamente andarem a atulhar os comentários dos blogs com propaganda inútil e insultos e mais o raio-cos-parta.
PVilela: admiro a tua paciência! Muito bom blog! Abraço!

Já agora, o meu local de trabalho (um instituto PÚBLICO de ciência e tecnologia) vai migrar para OpenOffice e adoptar o ODF para documentos editáveis e o PDF para arquivos não editáveis. Isto representa aí uns 600/800 utilizadores.

Anónimo disse...

Como o autor do blog, é defensor da justiça e transparência creio que poderá ajudar toda a comunidade que pretende mais transparência na área pública.

Estou a tentar obter maior transparência sobre os fornecimentos de TI dos principais fabricantes de software, hardware e serviços ao sector público (IBM, SUN, HP, SUN, Microsoft, Oracle, SAP, Accenture, Novabase, Indra, Pararede, etc)

Como o autor a julgar pela critica de falta de transparência aos seus concorrentes, partilha genuinamente desta causa de total transparência e justiça gostava de poder obter neste blog as seguintes informações da sua empresa:

1) Objectivamente gostaria que apresente com total transparência quanto factura a Sun por ministério em HW, SW e Serviços e quais os montantes em 2006 e 2007 nos vários ministérios.

2) Hoje decerto e de acordo com o que disse antes sobre a Sun, pode fornecer essa informação aqui sem quaisquer problemas de transparência, pois ao faze-lo dá um grande exemplo e demonstra ser essa a postura correcta sua e da Sun dissipando com isso quaiquer dúvidas sobre os objectivos do seu post inicial. Pois de acordo com o que afirma antes a sua empresa já fornece todos os seus serviços e produtos no ambito de consultas públicas e portanto esta informação é já pública no caso da Sun, mas não caso dos seus concorrentes.

3) Caso a Sun não lhe permita divulgar públicamente essa informação pode sempre explicar ao seu management em Portugal, que a sua mensagem de justiça e transparencia perdem muita força e credibilidade, ficando a Sun vunerável à mesma critica pública de falta de transparencia nos fornecimentos ao sector público.

Muito obrigado por ajudar a fazer um mundo melhor com a sua contribuição.

Anónimo disse...

Caro Irmão do Post anterior:

COM CERTEZA O AUTOR DO BLOG, ASSIM COMO O SEU AMIGO SEABRA (CONHECIDO CÃO DE FILA DO OPEN SOURCE PORTUGUÊS!!), NÃO LHE DARÃO RESPOSTA ÀS 3 PERTINENTES QUESTÕES QUE COLOCA!!

NEM A ESSAS NEM A QUANTO FACTURA A "CAIXA MÁGICA" COM O ESTADO PORTUGUÊS!!!

NEM TÃO POUCO JUSTIFICARÃO O ABSURDO - JÁ QUE TANTO FALAM DE LIBERDADE DE CONCORRÊNCIA - DOS CADERNOS DE ENCARGOS DO INSTITUTO DOS REGISTOS E NOTARIADO IMPOREM ORACLE!!! AFASTANDO TODOS OS DEMAIS...

OLHA PARA O QUE EU DIGO, MAS NÃO OLHES PARA O QUE EU FAÇO!! ESTA É A MÁXIMA DOS VILELAS, SEABRAS E AFINS!

Cumprimentos
Um primo do Irmão Carmelo

pvilela disse...

Caro Anónimo

Sabe que essa sua pesquisa até faz sentido. Contudo, como já disse várias vezes, este blog é pessoal e não institucional da Sun. Portanto sugiro que peça esses dados às administrações dessas empresas, incluindo evidentemente a da Sun.

Há várias instituições de renome como a IDC e a Gartner a coligir esse tipo de dados. Posso-lhe sugerir duas coisas: que os contacte para saber se já possuem esses dados; que não faça essas perguntas como anónimo. Todos nós cidadãos temos o direito de pedir contas à administração pública. As empresas privadas prestam contas aos accionistas.

Eu não possuo os dados que me pede, pelo que o pedido deverá ser dirigido ao meu director. Posso tentar obtê-los, mas garanto-lhe que não a pedido de um anónimo.

Ah, e concordo com o "primo do irmão Carmelo" em relação ao Oracle se o software tiver sido adquirido sem concurso público. Mas creio que até o foi, incluído na aplicação de gestão dos Registos.

Anónimo disse...

Muito bem, de acordo com o seu conselho, e dado que não tem informação sobre os valores e quais as politicas e práticas seguidas pela sua empresa nesta matéria, vou dirigir o pedido directamente ao responsável da Sun em Portugal,

cumprimentos,

Anónimo disse...

sobre o último post do autor do blog, mais dois reparos:

"Todos nós cidadãos temos o direito de pedir contas à administração pública"

O cidadão têm o direito de obter através dos canais apropriados das várias entidades do estado informação que seja pública.

O cidadão no entanto também tem deveres, entre os quais o de respeitar a lei e o bom nome das instituições públicas e das pessoas que gerem o bem público.

"As empresas privadas prestam contas aos accionistas."

As empresas privadas mesmo as multinacionais, também têm deveres nomeadamente o de prestarem contas públicas (por exemplo o depósito legal de contas - disponível para acesso de qualquer cidadão) aos estados dos paises onde operam, e a Sun não é uma excepção.

cumprimentos,

Anónimo disse...

Épa mas espera aí.... á pelo menos 4 anos atrás a Sun legalemente não tinha representação em Portugal, as vendas eram feitas via Suiça, por causa dos Impostos. Não sei se isso ainda se mantêm, mas aqui está ou estava a transparência da sua Empresa.

pvilela disse...

"Muito bem, de acordo com o seu conselho, e dado que não tem informação sobre os valores e quais as politicas e práticas seguidas pela sua empresa nesta matéria, vou dirigir o pedido directamente ao responsável da Sun em Portugal"

Muito bem, caro anónimo. Não se esqueça de tiraz o capus, revelar o seu nome, e conforme indicou, fazer as mesmas perguntas à Microsoft, Oracle, SAP, IBM, HP, Accenture, Novabase, Indra e Pararede.

E depois pode fazer as mesmas perguntas ao vários Ministérios, porque estes sim, têm o dever de nos prestar contas.

Anónimo disse...

"E depois pode fazer as mesmas perguntas ao vários Ministérios, porque estes sim, têm o dever de nos prestar contas"

Ainda não foi capaz sequer de responder quais os ministérios visados nesta sua acusação, já lhes perguntou alguma coisa ? ahh pois não .... ouviu dizer ?

é o costume ... para picar a claque do software livre e organizar "pressão", repetir mentiras em "coro", para poder ter mais um acordo ou uns favores e vender mais uns produtos da sua empresa ? ou para os seus amigos da ESOP ?

http://blog.softwarelivre.sapo.pt/2006/03/13/pr-protocolo-umic-sun/

Helder

Anónimo disse...

Afinal você que tanto defende a transparência trabalha numa empresa que engana o estado Português, fazendo passar o negócio pela Suiça.
Lá vender para o Estado Português você quer mas a sua empressa pagar os devidos impostos ao mesmo já não.

Não se sente mal, diz tanta coisa em relação á transparência e á limpeza, fala tanto dos empregados da Microsoft que estes não se deviam sentir bem na empresa onde trabalham, mas você ainda é pior.

Não era tempo de a sua empresa "Prestar contas ao Estado Português"

Anónimo disse...

1. Ainda não percebi o que ganham os tipos defensores da Microsoft em vir para aqui reclamar. Foram contratados para isso? São obrigados a isso? Se sim, quem os obriga?

2. Sabem qual a diferença entre um blog e um site oficial de uma empresa ou instituição?

3. Qual é o negócio em que acham que houve benefício por parte do open-source?

4. Se pedem as contas de outras empresas comecem por mostrar as da Microsoft.

5. Porque é que a Microsoft não rectifica os bugs do formato ooxml e IE?

6. Porque é que o Microsoft Office não abre ficheiros odf. O open office permite abrir/editar/guardar ficheiros em formato .doc, .docx, etc...


PGP

Anónimo disse...

SUCAPA

Porque o pvilela vem para aqui dizer mal de todos que nao lhe compram os seus "produtos pessoais", e nao pergunta directamente ao ministerio ? chama nomes mas nao diz que ministerio ? quer que sejam outros a perguntar ??? sucapa ? transparencia ?

ate agora nao respondeu a nada !!!

agora se querem isto mesmo a vosso contento e a vender bem a mensagem da vossa empresa ou associacao de amigos, fechem a participacao aos funcionarios da "SUN & Friends", ou mandem a PIDE ou a Policia do Grande Pensamento, fazer um inquerito policial aos incautos que acham que isto e um "blog pessoal" antes de aceitarem mais posts.

anonimo com medo da PIDE/PGP

Anónimo disse...

Bonito discurso mas também não respondeu a nada.

Olha para o que eu digo, não olhes para o que eu faço...

PGP

pvilela disse...

Mais uma vez: não tenho procuração para falar em nome da Sun. E sei bem que certas perguntas aqui são apenas de retórica, e os seus autores não pretendem respostas.

De qualquer modo, como posso esclarecer algumas questões, vou fazê-lo:

P1: "Épa mas espera aí.... á pelo menos 4 anos atrás a Sun legalemente não tinha representação em Portugal, as vendas eram feitas via Suiça, por causa dos Impostos"
"Afinal você que tanto defende a transparência trabalha numa empresa que engana o estado Português, fazendo passar o negócio pela Suiça.
Lá vender para o Estado Português você quer mas a sua empressa pagar os devidos impostos ao mesmo já não."
R1: A Sun tem representação em Portugal há cerca de 8 anos. Essa representação vende serviços directamente, e paga os respectivos impostos.Todos o hardware é vendido indirectamente. Tal como a Microsoft, tal como muitas empresas do ramo automóvel, as vendas de hardware da Sun são feitas através de parceiros, que são os que fazem as vendas e portanto os que pagam os impostos.Quando os parceiros e clientes da Microsoft fazem compras à Microsoft Ireland, fazem-no porque é essa a estrutura multinacional dessa empresa, e não para fugir aos impostos. Os parceiros da Sun não compram à Sun Suiça - isso é informação muito desactualizada de ex-funcionários da Sun que sairam para a Microsoft. Compram a Master Resellers que actuam a nível internacional. Se desejarem proibir multinacionais em Portugal, por favor façam uma petição na Internet, mas cuidado com os vossos próprios pés...

P2-"Ainda não foi capaz sequer de responder quais os ministérios visados nesta sua acusação, já lhes perguntou alguma coisa ? ahh pois não .... ouviu dizer"
R2-Pois, ouvi dizer.. E depois investiguei, e cheguei à conclusões que essas compras não estão publicadas em Diário da Repúbica como deviam. Só num caso isso aconteceu. Portanto quer nomes? Olhe, todos os outros ministérios.....Alternativamente, será que deveremos pensar que não têm havido compras de software para Posto de Trabalho, e que a Administração Pública só tem software pirata?

P3-"repetir mentiras em "coro""
R3-Quais são mesmo as mentiras que diz que eu disse? É que não fui desmentido, sabe, apenas insultado....

P4_para poder ter mais um acordo ou uns favores e vender mais uns produtos da sua empresa ? ou para os seus amigos da ESOP ?
http://blog.softwarelivre.sapo.pt/2006/03/13/pr-protocolo-umic-sun/
R4-Talvez não tenha reparado Helder, mas trata-se de software gratuito.Eu sei que custa a perceber por parte de quem faz protocolos com o Estado português em que recebem millhões de Euros, mas a Sun não recebeu qualquer quantia (zero) com este protocolo.

P5-"porque o pvilela vem para aqui dizer mal de todos que nao lhe compram os seus "produtos pessoais""
R5-É assim tão difícil de entender? Não tenho absolutamente nenhum problema em que a Sun perca um concurso público ou uma consulta face a um concorrente, por preço ou por características. É bom quando ganha, mas perder não me tira o sono. O que não suporto mesmo são os negócios feitos nos gabinetes em que a concorrência não é consultada.

Anónimo disse...

"Mais uma vez: não tenho procuração para falar em nome da Sun. E sei bem que certas perguntas aqui são apenas de retórica, e os seus autores não pretendem respostas."

Deixe de ser esta a fazer de vitima, você não defendeu as suas ideias e as suas propostas e depois foi atacado por elas.

O que você fez foi acusar outros sem permitir resposta aos acusados, que existiam 2 ministérios a fazer actos ilegais às escondidas com um concorrente da sua empresa.

Até agora não respondeu quais são esses negócios, e quais são os ministérios, que perversamente acusa com a lógica que eles é que têm de prestar contas. Porque é que acha que alguém lhe deve alguma coisa a si ou à sua empresa e você pode fazer o que lhe apetece ?

Você que está em divida, legal, moral e ética perante os outros e deve clarificar a situação em vez de continuar a apontar as culpas para os outros.

Anónimo disse...

"Talvez não tenha reparado Helder, mas trata-se de software gratuito.Eu sei que custa a perceber por parte de quem faz protocolos com o Estado português em que recebem millhões de Euros, mas a Sun não recebeu qualquer quantia (zero) com este protocolo"

Existindo alternativas melhores de software livre não percebo porque a Sun continua hipocritamente a tentar impingir o seu software proprietário nas negociatas que faz com o estado.

Helder

pvilela disse...

"O que você fez foi acusar outros sem permitir resposta aos acusados, que existiam 2 ministérios a fazer actos ilegais às escondidas com um concorrente da sua empresa"

Eu não disse que estavam a fazer actos ilegais. Os ajustes directos são legais. Mas que o estão a fazer às escondidas, e que optam deliberadamente por utilizar a figura do ajuste directo em vez de consultas, é verdade. E que poderiam poupar bastante ao erário público se o fizessem,é também verdade.

Seria bom que a Administração Pública portuguese, ao exemplo do que se tem passado noutros países, tomasse posição sobre este tema.Tem toda a liberdade de o fazer.

Esta é uma prática antiga, que parte na maioria dos casos do desconhecimento de que existem alternativas. Também existia até há pouco tempo no sector das Telecomunicações, e aí também foi duro impor a concorrência. É trabalho da comunidade do software livre demonstrar à Administração Pública de que existem alternativas, e de que os responsáveis da AP só ganham em as adoptar, ou no mínimo, em as ter em consideração em negociações com os fornecedores de software

O facto de ter tido notícia sobre os últimos dois que assinaram estes acordos não é muito relevante, Porque deveria apontar apenas dois se esta é uma prática infelizmente generalizada? Vamos fazer ao contrário. Tem conhecimento de alguma consulta aberta? Onde está publicada?

Anónimo disse...

O pessoal da Microsoft ou anda a fugir às questões ou não devem ter lido. Acho melhor repetir as questões:

1. Ainda não percebi o que ganham os tipos defensores da Microsoft em vir para aqui reclamar. Foram contratados para isso? São obrigados a isso? Se sim, quem os obriga?

2. Sabem qual a diferença entre um blog e um site oficial de uma empresa ou instituição? A Microsoft tem fóruns onde podem vangloriar a empresa. Sabiam?

3. Qual é o negócio em que acham que houve benefício por parte do open-source?

4. Se pedem as contas de outras empresas comecem por mostrar as da Microsoft.

5. Porque é que a Microsoft não rectifica os bugs do formato ooxml e do IE?

6. Porque é que o Microsoft Office não abre ficheiros odf. O open office permite abrir/editar/guardar ficheiros em formato .doc, .docx, etc...


PGP

Anónimo disse...

Pergunta extra: Sabem o que é o Diário da República?

PGP

Anónimo disse...

A sua empresa não faz outra coisa que não seja fazer-se cobrar milhões em serviços especializados aos vossos produtos proprietários e ultra-complexos (Solaris e outros), por adjudicação directa e ao longo de vários anos, quando podiam recorrer a Linux e muito mais empresas para fazerem os serviços.

Depois de andarem aqui a acusar sem quaisquer provas os vossos clientes da AP de corrupção, ilegalidade ou falta de transparência ...

pvilela disse...

Caríssimo

Vamos fazer o trabalho de casa, sim?
"produtos proprietários e ultra-complexos (Solaris e outros)"
O Solaris é gratuito.
A maior parte so deu código já está publicado no projecto OpenSolaris (www.opensolaris.org)

O meu caro defende o Linux ?
Óptimo. Sabe, não é a Sun que anda a fazer campanhas "get the facts" anti-Linux. Há espaço para todos.

"Depois de andarem aqui a acusar sem quaisquer provas os vossos clientes da AP de corrupção, ilegalidade ou falta de transparência ...
"
Não andei a acusar nínguém de corrupção e ilegalidade. Apenas de falta de transparência. Isso sim.

Anónimo disse...

O facto dos produtos proprietários da Sun serem gratuitos não quer dizer nada pois não ? Porque depois de os clientes o instalarem ficam lá anos a cobrar milhões à "Sucapa" para os conseguirem colocar a funcionar, manter, etc

Anónimo disse...

será que única razão que não usam software livre nos vossos clientes é porque querem fazer crer o cliente (especialmente na AP) que apenas pode contratar serviços a Sun ? onde está a transparencia ?

Anónimo disse...

"Vamos fazer o trabalho de casa, sim?
"produtos proprietários e ultra-complexos (Solaris e outros)"
O Solaris é gratuito.
A maior parte so deu código já está publicado no projecto OpenSolaris (www.opensolaris.org)"

Sim mas a Sun comercializa-o como proprietário, e faz crer o cliente que é a unica empresa capaz de o manter e actualizar, certo ?

tudo isto para evitar concursos públicos e ter adjudicações directas "á Sucapa" de SERVIÇOS no valor de milhões.

Anónimo disse...

Só fanatismos... A Microsoft é boa porque sim os outros são maus porque são....
O pessoal da Microsoft ou anda a fugir às questões ou não devem ter lido. Acho melhor repetir as questões:

1. Ainda não percebi o que ganham os tipos defensores da Microsoft em vir para aqui reclamar. Foram contratados para isso? São obrigados a isso? Se sim, quem os obriga?

2. Sabem qual a diferença entre um blog e um site oficial de uma empresa ou instituição? A Microsoft tem fóruns onde podem vangloriar a empresa. Sabiam?

3. Qual é o negócio em que acham que houve benefício por parte do open-source?

4. Se pedem as contas de outras empresas comecem por mostrar as da Microsoft.

5. Porque é que a Microsoft não rectifica os bugs do formato ooxml e do IE?

6. Porque é que o Microsoft Office não abre ficheiros odf. O open office permite abrir/editar/guardar ficheiros em formato .doc, .docx, etc...


PGP

Anónimo disse...

"Porque depois de os clientes o instalarem ficam lá anos a cobrar milhões à "Sucapa" para os conseguirem colocar a funcionar, manter, etc"
Isso não será por acaso o que acontece com alguns dos produtos de certas empresas monopolistas?

Olha para o que eu digo não olhes para o que eu faço...

PGP

Anónimo disse...

Irmão Vilela,

Estou desolado!
Esta ladainha parece não ter fim. Não creio que esta seja a via correcta para ajudar a Administração Pública Portuguesa a bem servir o cidadão.

Abaixo a mesquinhez,chega de critica barata e contra ataque rápido.

Vamos construir, agir positivamente só assim conseguiremos deixar obra!

Mais uma vez venho apelar a todos os irmãos que canalizem as suas energias para a construção de um melhor Portugal, que se traduzirá em melhor qualidade de vida para todos os irmãos e seus descendentes, sim porque esta confraria admite descendentes :)!!!

Irmão Vilela vamos unir as mãos e entoar o cântico que nos permita em conjunto construir uma sociedade melhor.

Saudações

Irmão Carmelo

Anónimo disse...

O Paulo Vilela do Bloco de Esquerda.

Ó irmãos! Isso já é desespero de causa.

É só rir...

Que a SUN não é Santa neste país, não é.
Agora que ainda fica bem longe do Diabo lá isso fica.

Anónimo disse...

Caros Irmãos,

Algum irmão mais avisado consegue esclarecer o que se está a passar no ITIJ?

Ao olhar para o Jornal SOL hoje,vejo na primeira página uma referência ao Ministério da Justiça:
..."Justiça em Risco de apagão geral"..."o responsável demitiu-se há dias"...

Mas então o responsável não é o Irmão Valente?

Este não é o Ministério que iria utilizar ou efectivamente utiliza o Software Aberto para modernizar a Justiça?

Voltai irmãos Julia e Carlos...

obg

Carmelo

pvilela disse...

"Ao olhar para o Jornal SOL hoje,vejo na primeira página uma referência ao Ministério da Justiça:
..."Justiça em Risco de apagão geral"..."o responsável demitiu-se há dias"...
Mas então o responsável não é o Irmão Valente?
Este não é o Ministério que iria utilizar ou efectivamente utiliza o Software Aberto para modernizar a Justiça?"

O meu caro irmão não deve ter dinheiro para comprar o Sol, nem tempo para consultar a versão electrónica.
O que está lá escrito é que é necessário fornecer mais energia eléctrica ao datacenter. Que está numa cave dum edifício das Avenidas Novas...
Mas que raio tem isso a ver com software livre??????

Que eu saiba, o Mário Valente, depois de um óptimo trabalho no ITIJ em que acabou com anos de imobilismo, decidiu era tempo de se voltar a dedicar às suas actividades privadas. Tenho pena, mas quem conhece o Mário Valente sabe que ele sai porque acha que já prestou com sucesso a sua comissão de serviço.

Anónimo disse...

Irmão,

Agora compreendo, o consumo de energia aumentou. Pois claro irmão após a adopção de Open Source no Mainframe e da "compra/ajuste directo" de um produto, que dá pelo nome de Linius, não sei se o irmão conhece,é assim como um disfarce de Caixa Mágica que só funciona de vez em quando... e afinal apresenta graves problemas de consumo de energia.
Quem diria, irmão, o Open Source não apresenta qualquer preocupação ambientalista, não é verde!!!
Não pode ser, temos de alterar estes produtos.
Vamos lá irmãos, vamos todos fazer um esforço para que a temperatura na Casal Ribeiro desça a niveis aceitaveis. Não pudemos contribuir para o aumento de consumo de energia, afinal estamos todos a pagar.

Saudações,
Carmelo

Anónimo disse...

Agora já acusam o software livre de consumir demasiada energia... Alguém já experimentou o Gentoo vs Windows em relação a tudo? Pois... não convém... convém é não responder às perguntas que foram feitas e ninguém sabe responder...

É giro falar em questões ambientais/energéticas quando os fabricantes de hardware tão defendidos aqui não as cumprem...

Enfim, desespero de causa...

PGP

Anónimo disse...

Irmão Anónimo,

Não me interprete mal Não conclui neste meu raciocinio que o Software Livre seja o responsável pelo aumento no consumo de energia.

Sabemos que o problema do aumento dramático do consumo de energia é relativamente recente. Os irmão Carlos e Julia não lutavam contra este problema.

O que mudou desde a vigência da Irmã Julia, para o Irmão Valente?

As alterações implementadas poderão efectivamente estar a causar os grandes problemas.

A aparente questão energética poderá estar a ser utilizada para "esconder" a verdadeira razão.

Longe de mim pensar que o Open Source Mágico não seria "verde"!

Saudações,

Irmão Carmelo

Anónimo disse...

Não conheço nenhum Open Source Mágico. Acho caricato por agora atacarem o Open Source verificando se este é "verde" ou não... Gostava de ver essa tão preciosa lista oficial do software "verde" para poder comparar.

Calculem também os watts que gastaram para escrever neste blog...

Usem o black google (http://www.blackle.com/) e salvem o planeta.

PGP