"Não sei que software é este, nunca ouvi falar"
"Não conheço isto, só sei trabalhar com o Microsoft Office"
"É uma desconsideração darem-nos um software gratuito para trabalharmos em vez de nos comprarem uma aplicação decente"
Tratam-se de casos que aconteceram quando há algum tempo atrás uma entidade tentou a introdução o OpenOffice.org sem efectuar acções de sensibilização e formação.
Há duas lições a tirar daqui:
1- No caso de uma mudança para o OpenOffice.org, como para qualquer outra aplicação, é necessário planear a mudança do ponto de vista dos utilizadores. A explicação da razão da mudança, um mínimo de formação, são indispensáveis. Se não existirem, o projecto falhará.
2- O OpenOffice.org é ainda desconhecido do grande público.
A implementação do OpenOffice.org em Portugal deu alguns saltos significativos nos últimos tempos:
- existe uma versão portuguesa completamente localizada
- essa versão portuguesa é actualizada em sincronismo com a versão internacional, e disponibilizada praticamente em simultâneo
- existe dois sítios na internet, o pt.openoffice.org e o look2oo, com bastante informação sobre o OpenOffice.org, incluindo um wiki e um forum.
- foram reformuladas as listas de correio para comunicação entre a comunidade
- o OpenOffice.org foi distribuído em todas as escolas portuguesas em cooperação com o Ministério da Educação
- já são difíceis de encontrar informáticos que não conheçam o OpenOffice
Contudo, muitos desses informáticos só ouviu falar do OpenOffice, nunca o instalou; e o OpenOffice.org ainda não chegou ao "grande público". Experimentem só ir ao Staples com um documento em ODF e tentar que o imprimam..
É essa a nova tarefa de quem acredita no software livre, ou de quem apenas utiliza o OpenOffice.org gratuitamente e o aprecia, e que gostaria de contribuir de volta. A tarefa de criar a "marca OpenOffice" em Portugal. Torná-lo conhecido, e reconhecido como a grande aplicação que é. Tornar o OpenOffice um software que todos conhecem e recomendam. Nos tempos de hoje, chama-se a isso "criar uma marca". Quem não tem tempo nem interesse para investigar que roupa vestir, que computador comprar ou que software usar, guia-se pelos outros. É a realidade. Uma marca é reconhecida como um certificado de qualidade para quem não quer fazer a sua própria investigação sobre o que deseja comprar o utilizar. E como nem todos querem ser informáticos, temos de ajudar os não-informáticos a conhecer e a escolher o OpenOffice. Com conversas. Com sessões de divulgação em cscolas, associações empresariais e sindicais. Com cartas a Câmaras Municipais e a lojas de informática. Com distribuição de CDs ou de folhetos. Com artigos em blogs. Com publicidade. Com o que for preciso.
É isso que pedimos a todos os que têm utilizado o OpenOffice.org gratuitamente. Que retribuam e que contribuam dentro das suas possibilidades
- os que têm mais tempo e mais motivação, e que podem colaborar de uma forma activa e regular podem-se inscrever na lista de marketing. Em breve serão contactados
- os que apenas podem ou querem colaborar esporadicamente podem-se inscrever na lista geral. Em breve terão tarefas ocasionais em que poderão colaborar, quando quiserem, no que quiserem
- todos os outros podem-se inscrever na lista de newsletter e ir contando aos amigos e colegas o que vai acontecendo com o OpenOffice.org
Nota: OpenOffice.org é a marca registada deste software. Mas a "marca OpenOffice" é a que se encontra mais vulgarizada. A comunicação formal deverá sempre falar de OpenOffice.org. Informalmente, OpenOffice é uma boa abreviatura.