19 janeiro 2012

Governo planeia mais adoção de software aberto

O governo acaba de publicar o Plano Global Estratégico de Racionalização e Redução de Custos Nas Tecnologias de Informação e Comunicação.  É um plano muito importante que se propõe revolucionar a utilização das Tecnologias de Informação na Administração Pública portuguesa. Muitas das suas ideias principais já estavam na mente dos responsáveis da AMA - Agência de Modernização Administrativa  (ver "TIC: Novos ventos na Administração Pública ?", mas são agora assumidos pelo governo como um todo. Os seus cinco vectores estratégicos são:
  1. Melhoria dos mecanismos de governabilidade
  2. Redução de custos
  3. Implementação de soluções TIC comuns
  4. Utilização das TIC para potenciar a mudança e a modernização administrativa
  5. Estímulo ao crescimento económico.
Governabilidade
É um eufemismo dizer que o plano se propõe "melhorar" os mecanismos de governabilidade. O melhor que tivemos nos últimos anos foram grupos de trabalho inter-ministeriais, em que consensos são quase impossíveis, e uma direção unificada num conjunto limitado de projetos no tempo da primeira UMIC. O que se propõe agora é a criação de uma Arquitectura de Sistemas de Informação, algo defendido desde há muitos anos por várias pessoas, com realce para Luis Vidigal e José Tribolet. É algo que existem noutros países de dimensão bem maior, como por exemplo os Estados Unidos. É algo que pela dimensão do nosso país não deveria ser muito difícil de implementar, mas que com a dispersão e falta de controlo central habituais em Portugal será o maior desafio deste plano. 
É que não basta desenhar uma arquitetura, o plano tem a ousadia de a querer implementar e monitorizar, através do controlo dos projetos de maior dimensão pela AMA!
Sendo um eterno otimista, ainda tenho esperança que se consiga uma arquitetura não demasiadamente influenciada pelos lobis dos fornecedores. Vamos ver o que surge.


Concentração dos serviços informáticos e centros de dados
O plano aborda incisivamente um dos problemas da gestão da função informática em Portugal: a sua atomização, que inibe por um lado a sua profissionalização e especialização, e por outro lado o seu controlo. É também uma fonte de desperdício, com sistemas e técnicos  subutilizados. Este é um dos pontos em que se esperam mais poupanças, mas não tenhamos ilusões: a fase de concentração será inicialmente dispendiosa, e arrisca-se a criar disrupções nos serviços. Esperemos que seja devidamente planificada, e que seja dada aos técnicos a possibilidade de progredirem para funções mais especializadas. 
Sem esta concentração a governabilidade do sistema será impossível. 


Apoio às normas abertas e ao software aberto
O apoio às normas abertas e ao software aberto está explícito na medida 21 "Adoção de Software Aberto nos Sistemas de Informação do Estado". É também referida directa ou indirectamente noutras medidas:
  •    plataforma de interoperabilidade
  •    criação do Catálogo de Software do Estado
  •    projetada redução dos gastos de software de 169 milhões de Euros para 131,5 
  •    portal svn.gov.pt de partilha de código fonte dos projetos da Administração Pública
  •    envolvimento de Associações de Software no Diretório de Boas Práticas TIC
  •    incentivo à adoção de software aberto no Acordo Quadro de Software
  •    permitir um maior envolvimento da rede de PME nacionais, através de soluções próprias
As poupanças previstas pela medida 21 são conservadoras, apenas de 28,5 milhões de Euros anuais. Esta conta é feita sobre as poupanças em soluções de produtividade, quando o próprio plano menciona soluções de software aberto também nas áreas de correio eletrónico, portais, gestão documental e software de monitorização. Eu acrescentaria  outras áreas, mas também aqui convém não existir dispersão. Como em relação á concentração dos serviços, esta mudança terá de ser muito bem planeada e faseada, e envolverá na transição um gasto maior nas migrações e riscos de perturbações. Como em qualquer mudança séria, só encarando de frente as possíveis dificuldades é possível planificar como se deve, e conseguir o sucesso.

O ano que se segue vai ser de muito trabalho ! 





   

18 dezembro 2011

Compras Públicas: Ainda na zona de conforto?

Este artigo de opinião "Compras Públicas: Ainda na zona de conforto?" foi publicado no Tek Sapo a 25 de Novembro de 2011. Os meus agradecimentos à equipa desta sempre atual  publicação electrónica

Quando quase todos os dias chegam notícias desagradáveis para os portugueses em geral e para os funcionários públicos em particular, parecem ainda existir alguma zonas de conforto na Administração Pública. Nesta área tão atacada pelos cortes orçamentais, e marcada pelos sacrifícios pedidos aos empregados e dirigentes, seria de esperar um maior zelo na gestão dos dinheiros públicos. No entanto ainda há áreas em que ainda não se tiraram todas as ilações devidas neste novo ambiente de austeridade.

Veja-se o caso de um recente concurso público para a aquisição de licenciamento de um "cabaz de software" de um fornecedor, identificado com todas as letras, por uma entidade pública (quem quiser saber os detalhes poderá consultar o linkhttp://dre.pt/sug/2s/cp/gettxt.asp?s=udr&iddip=405339645).

É um caso típico - e ainda muito comum - da inércia existente numa zona de conforto. Todos nós sabemos que é mais fácil continuar o caminho em que estamos do que procurar novos rumos. É humano. Mas não estamos em tempos fáceis. Estamos em tempos em que temos de ponderar e repensar as nossas opções. 

Até agora não se costumava por em causa a aquisição destes "cabazes de software" de marcas específicas, apesar da sua ilegalidade. Tem reinado o princípio do "Se todos fazem, porque não eu ?". 

Talvez as pessoas que especificaram e aprovaram este concurso público, e outros semelhantes, não tenham lido o artigo 49º do Código das Compras Pública" que diz "É proibida a fixação de especificações técnicas que façam referência a um fabricante ou uma proveniência determinados, a um processo específico de fabrico, a marcas, patentes ou modelos e a uma dada origem ou produção, que tenha por efeito favorecer ou eliminar determinadas entidades ou determinados bens."

Talvez se tenham esquecido que as aquisições de licenciamento de software têm de ser feitas não em cabaz, mas por lotes, os lotes definidos pelo Acordo-Quadro de Licenciamento de Software" em vigor, que proíbe a aquisição do software listado no Acordo por outras vias:http://www.ancp.gov.pt/PT/ComprasPublicas/SNCP/Documents/ListaAQs.pdf

Ou talvez saibam isto tudo, mas como pensam que se trata de software "sem alternativas" achem que este "atalho" é tolerado.. a tal zona de conforto …

O corte dos 13º e 14º meses é um bom estímulo para mudar de atitude e repensar hábitos. E quem tem o poder de especificar produtos e serviços a adquirir, ou de aprovar despesas, tem neste momento responsabilidades acrescidas, pelas consequências de austeridade que estas acções acarretam para os funcionários.

Sim, um concurso público que pede um produto de uma marca específica é mesmo ilegal. Impedindo a concorrência, garante que os preços são mais altos que numa situação competitiva.

Sim, a aquisição de licenciamento software por "cabaz" em vez de ser por produtos individuais não é permitida. Os "cabazes" têm a vantagem de permitir preços mais baixos dos produtos "principais", que usualmente têm uma posição dominante no mercado, mas incluem uma mão cheia de produtos em que a concorrência é mais forte - e lá se vai a vantagem do cabaz …

Para além disso, e como mostra o exemplo, a política de "cabazes" (ou "Software Agreements", se preferirem) cria uma situação de dependência que desincentiva a procura de soluções mais interessantes.

E chegamos à reflexão final sobre a zona de conforto. Será que não há alternativas, ou será antes que não houve o esforço de as procurar? Neste caso específico, terá sido consultada uma Google, que oferece serviços de "software as a service" concorrentes? Terão sido avaliadas soluções open source alternativas? Terá sido consultadas uma ESOP - "Associação de Empresas de Software Open Source", ou sido feitas buscas na Internet?

Sim isto dá mais trabalho que apenas ouvir os vendedores dos fornecedores habituais que nos batem à porta. Mas quem pretender diminuir a probabilidade de novos cortes nos ordenados, e fazer caber mais num orçamento mais reduzido, tem mesmo de fazer esse trabalho. É tempo de sair da zona de conforto nas Compras Públicas.




08 novembro 2011

TIC: Novos ventos na Administração Pública ?

Aconselho a todos os que lidam com a Administração Pública a ver esta apresentação do André Vasconcelos da AMA - Agência de Modernização Administrativa , intitulada "As TIC na Administração Pública – Que Futuro?"


Fala das medidas que estão “em cima da mesa” para racionalizar as TIC na Administração Pública em 2012:

- Concentração das competências da Administração Electrónica num unico organismo e melhor articulação com  as políticas da sociedade de informação
- Centralização da função informática num único organismo por Ministério
- Estabelecer um mecanismo de avaliação prévia de custos e benefícios, obrigatória e vinculativa, para os investimentos em TIC
- Catálogo de Software do Estado (CSE) através da catalogação, disponibilização e reutilização do software  desenvolvido para o Estado (Software adquirido ou desenvolvido segundo normas abertas)
- Incentivar a utilização de software aberto nos sistemas de informação da Administração Pública
- Estabelecer a obrigatoriedade de utilização da plataforma de interoperabilidade desenvolvida e gerida pela AMA
- Desenvolver e implementar um programa de redução do número de data centers da
Administração central e local  (Disseminar projecto-piloto de cloud computing)

Será que finalmente a racionalidade chegou à gestão das TIC na Adminstração Pública, acabando com a atomização dos recursos e  a submissão cega aos fornecedores, entre outras maleitas?

12 outubro 2011

17, 18th November: ODF Plugfest in Gouda, Netherlands

Invitation by the OpenDoc Society:


The ODF plugfests are an ongoing series of vendor-neutral events, bringing together implementers and stakeholders of the Open Document Format standard. The goal is to achieve maximum interoperability by running scenario-based tests in a hands-on manner and discuss new and proposed features of the ODF specification.

You are invited to join the ODF plugfest (#7) that will be held in the 15th-century city hall of Gouda on November the 17th and 18th in The Netherlands. The event is organized by the Netherlands in Open Connection government programme, the Dutch ODF government usergroup and the OpenDoc Society.

See http://www.odfplugfest.org for more information and registration.

Please let us know if we can to do something extra to accommodate your participation to this event. Nothing should stop you from doing so.

The 8th plugfest (the next one after this) will be held in Brussels April 2012, and will be hosted by Microsoft. As always we are still looking for candidate host countries beyond that. If you are interested in hosting a future edition of the plugfest - please contact us.

01 outubro 2011

Está em discussão pública o Regulamento Nacional de Interoperabilidade Digital

A AMA - Agência para a Modernização Administrativa colocou hoje para discussão pública o Regulamento Nacional de Interoperabilidade Digital.

É um passo importantíssimo para a interoperabilidade dos sistemas informáticos, e para afirmar o primado da sã concorrência nas compras públicas.

Como diz a AMA:

​ "A implementação de normas abertas na Administração Pública, além de plenamente enquadrada na estratégia europeia de administração electrónica, é crucial para a disponibilização de informação e serviços centrados nas necessidades dos cidadãos e das empresas, permitindo a interoperabilidade dos sistemas e documentos da Administração Pública e contribuindo, simultaneamente para a redução de custos de consultadoria e software.

A Agência para a Modernização Administrativa, I.P. (AMA), na sequência dos trabalhos desenvolvidos no âmbito da Rede Interministerial de Tecnologias de Informação e Comunicação (criada pela Resolução do Conselho de Ministros n.º 109/2009, de 2 de Outubro), submete agora a consulta pública um conjunto de normas que constituirão o essencial do futuro Regulamento Nacional de Interoperabilidade Digital.

Participe. Em conjunto, promovermos uma Administração pública mais aberta"

30 maio 2011

DEBATE SOBRE O PAPEL DO SOFTWARE OPEN SOURCE NO CRESCIMENTO DA ECONOMIA


Novo local: Edifício I do ISCTE, Auditório J.J. Lajinha, (Av. das Forças Armadas, Lisboa)
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A ESOP promove, no próximo dia 1 de Junho, pelas 17 horas, no ISCTE–IUL, um debate subordinado ao tema “Open Source e Open Standards na Administração Pública - Contributo para o crescimento da economia portuguesa”. O debate contará com a participação de representantes dos partidos com assento parlamentar e da AMA - Agência para a Modernização Administrativa.
Para este debate, a ESOP convidou a AMA a apresentar um balanço da experiência de adopção de software open source e de open standards na administração pública portuguesa e desafiou os partidos com assento parlamentar a apresentarem a sua visão sobre o tema em discussão. O debate será aberto ao público, contando a ESOP com a presença de participantes provenientes de organismos da administração pública, empresas e universidades.
No decurso da recente aprovação pela Assembleia da República do projecto de lei que visa a adopção de normas abertas nos sistemas informáticos do Estado, da situação económica actual e das fortes medidas de austeridade a que a administração pública será sujeita nos próximos anos, a ESOP entende ser pertinente discutir o impacto que a adopção de software open source poderá ter na economia e na redução da despesa da administração pública com software.

LOCALIZAÇÃO : Edifício I do ISCTE, Auditório J.J. Lajinha, (Av. das Forças Armadas, Lisboa)
INÍCIO : Início previsto às 17H
INFORMAÇÕES & INSCRIÇÕES: isabel.ferreira@esop.pt (indicar nome e entidade)


07 abril 2011

Aprovada Lei que estabelece a adopção de normas abertas nos sistemas informáticos do Estado

Ao fim de muito trabalho, muitas reuniões, muitos pareceres, muitas audições, foi finalmente aprovada na Assembleia da República a Lei que estabelece a adopção de normas abertas nos sistemas informáticos do Estado. A lei foi aprovada nesta quarta-feira 6 de Abril de 2011, com os votos favoráveis de todos os partidos menos do PSD, que se absteve, como relata o Tek Sapo.

A AMA - Agência para a Modernização Administrativa - tem agora 90 dias para redigir o Regulamento Nacional de Interoperabilidade Digital, que definirá as normas e formatos digitais a adoptar pela Administração Pública nos seguintes domínios:
a) Formatos de dados, incluindo códigos de caracteres, formatos de som e
imagens (fixas e animadas), audiovisuais, dados gráficos e de pré-impressão;
b) Formatos de documentos (estruturados e não estruturados) e gestão de
conteúdos, incluindo gestão documental;
c) Tecnologias de interface Web, incluindo acessibilidade, ergonomia,
compatibilidade e integração de serviços;
d) Protocolos de streaming ou transmissão de som e imagens animadas em
tempo real, incluindo o transporte e distribuição de conteúdos e os serviços
ponto a ponto;
e) Protocolos de correio electrónico, incluindo acesso a conteúdos e extensões
e serviços de mensagem instantânea;
f) Sistemas de informação geográfica, incluindo cartografia, cadastro digital,
topografia e modelação;
g) Normas e protocolos de comunicação em redes informáticas;
h) Normas de segurança para redes, serviços, aplicações e documentos;
i) Normas e protocolos de integração, troca de dados e orquestração de
processos de negócio na integração inter-organismos.

Os meus parabéns ao PCP e ao BE, que apresentaram os projectos de lei que deram origem a esta lei, e ao PS e PP que a votaram favoravelmente. Já era a segunda vez que o PCP apresentava um projecto de lei neste sentido - a persistência a a razão compensam..
Estranho a abstenção do PSD, que tinha votado a favor de ambos os projectos antes de baixarem a Comissão para a sua harmonização. Alguém saberá porque terão alterado a sua posição?
Os meus parabéns também à AMA, que apoiou inequivocamente esta lei.

Este é um dia feliz e promissor para a liberdade do software, para a livre concorrência, para a interoperabilidade dos sistemas informáticos, e para um maior rigor nas aquisições públicas.

Esperam-nos ainda muitos obstáculos pela frente - lobbies, resistências à mudança. Mas com este impulso, e a Comissão Europeia a impulsionar a Estratégia e o Framework de Interoperabilidade europeus, creio que este é um movimento imparável.

10 dezembro 2010

Aprovadas as Normas Abertas de Software em Portugal !

(Actualizado em 11 de Dezembro com novos relatos, corrigida a 13 de Dezembro no que se refere à votação do PR 319)

A Assembleia da República aprovou este 9 de Dezembro de 2010 a adopção de Normas Abertas de Software na Administração Pública portuguesa !

Ficam aqui vários relatos, incluindo o meu:

Tek Sapo: Parlamento aprova na generalidade adopção de normas abertas na AP

Público: Aprovadas leis para se adoptar normas abertas nos sistemas informáticos da administração

i-Gov: Normas abertas na AP mais perto



Esquerda.net: Aprovada a adopção de normas abertas na Administração Pública

CDS-PP (twitter do deputado Michael Seufert)

Paulo Vilela :

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Os projectos de lei eram os seguintes:

Projecto de Lei 421/XI (PCP) - Estabelece a adopção de normas abertas nos Sistemas Informáticos do Estado.

Projecto de Lei 389/XI (BE) - Utilização de formatos electrónicos livres na administração pública

A proposta do CDS-PP era de uma resolução, que não tem carácter vinculativo, e recomendava que o governo regulamentasse por si próprio a adopção de normas abertas pela administração pública

Projecto de Resolução 319/XI (CDS-PP) - Recomenda ao Governo que proceda a adopção de normas abertas para a informação em suporte digital na Administração Pública

Cada partido teve apenas 3 minutos para falar

Intervenção do deputado Bruno Dias (PCP)
- referiu que na AR ainda se usa o formato DOC para publicação de vários documentos
- disse que a adopção de normas abertas era uma questão de soberania nacional
- citou a ESOP "esta é a mais importante medida sobre TIC já debatida no parlamento
- lembrou que a Secretária de Estado da Modernização Administrativa tinha expresso o seu apoio ao projecto de lei do PC no parlamento, há cerca de um mẽs
- agradeceu os contributos da ESOP, ANSOL, UNL, Universidade de Évora, IST e INESC

Intervenção do deputado Pedro Filipe Soares (BE)
- referiu que vários sites da Administração Pública, como o do IAPMEI, divulgam informação em formatos fechados
- lembrou que as normas abertas podem ser implementadas por qualquer software
- referiu como vantagens das normas abertas a promoção da interoperabilidade, o alargamento da longevidade de leitura dos documentos electrónicos
- mencionou a Internet como o melhor exemplo de como os formatos livres promovem o desenvolvimento
- saúdo a colaboração da ANSOL e da ESOP

Intervenção do deputado Michael Seufert (CDS-PP)
- referiu que a adopção de normas abertas permite a interoperabilidade, como ser verifica com a internet e os protocolos TCP/IP
- lembrou que algumas normas abertas foram criadas por entidades comerciais, como o PDF pela Adobe
- mencionou que as normas abertas podem ser implementadas por produtos comerciais
- para o CDS-PP o Governo estaria mais habilitado a regulamentar esta matéria. A serem aprovados os projectos de lei em discussão, a Comissão que os irá analisar deverá consultar entidades especialistas na matéria

Intervenção do deputado Miguel Laranjeiro (se percebi bem.) (PS)
- disse que as normas abertas permitem interligar sistemas independentes
- declarou que o PS quer fazer este caminho
- referiu que o governo se tem batido pela interoperabilidade, exemplificando com o cartão de cidadão, o serviço de alteração de morada e as lojas do cidadão de nova geração - ou seja, que já há algum trabalho realizado
- declarou que para a adopção das normas abertas é necessária formação e estudar a forma da sua exequibilidade
- disse que o grupo parlamentar do PS está aberto a discutir estas matérias num grupo de trabalho

Intervenção do deputado Pedro Duarte (PSD)
- referiu que são inúmeras as vantagens da utilização das normas abertas: a interoperabilidade de documentos, o princípio da liberdade de escolha entre formatos, maior concorrência entre os vários players no mercado
- declarou que estava de acordo com os projectos de lei em discussão, mas que havias várias insuficiências que deveriam ser melhoradas:
- confusão entre normas abertas e software livre
- referências ideológicas menosprezando o software comercial
- esquecimento de normas como o OOXML

Resposta do deputado Bruno Dias (PCP)
- rebateu que não há confusão no projecto de diploma entre normas abertas e software livre, as normas abertas podem ser implementadas por todos os tipos de software, livre ou fechado
- reafirmou que o que está em causa é a soberania
- declarou que apoia o convite a especialistas para o debate na especialidade
- acabou apelando : "vamos legislar, esta é uma matéria de grande importância"

Votações:
Projecto de lei 421 (PCP) : a favor : PSD, PS, PV, PCP, BE ; abstenção: CDS-PP -> aprovada
Projecto de lei 389 (BE) : a favor : PSD, PS, PV, PCP, BE ; abstenção: CDS-PP -> aprovada
Proposta de Resolução 319 (CDS-PP) : a favor: CDS-PP e PSD ; contra: PS, PCP, BE ; abstenção: PEV -> rejeitada

As propostas aprovadas vão agora ser analisadas na especialidade na Comissão de Trabalho, Segurança Social e Administração Pública, devendo surgir em Janeiro uma proposta resultante da fusão das duas e da discussão na especialidade, que deverá ser votada provavelmente no final de Janeiro

04 dezembro 2010

O que o mundo diz sobre Normas Abertas

A ESOP fez um óptimo apanhado de citações de personalidades mundiais sobre a importância das Normas Abertas de Software, desde o inventor da Web, Tim Berners-Lee, à Comissária europeia da Agenda Digital, Neelie Kroes. Recomendo a leitura.

27 novembro 2010

Assembleia da República não implementa as suas próprias resoluções ?

Reclamação enviada para a Assembleia da República, depois da constatação de que as iniciativas legislativas continuam a ser publicadas no site www.parlamento.pt apenas no formato DOC:

"Não sei como é que a Assembleia da República, que é de todos nós, publica as iniciativas legislativas num formato fechado e proprietário, o DOC; que implica a aquisição de um software proprietário para a sua leitura (sim, o Microsoft Office é pago !)

Isso é tão escusado quanto existem livermente disponíveis formatos abertos e normalizados internacionalmente, como o ISO 26300, vulgarmente conhecido por ODF, e o ISO 32000-1, vulgarmente conhecido por PDF, para os quais existem aplicações gratuitas.

A utilização deste formato está também em desacordo com a Resolução da Assembleia da República nº 53/2007, de 19 de Outubro, que diz nomeadamente o seguinte:

"Disponibilização em formato aberto de toda a informação e documentação publicada nos sítios Internet e intranet da Assembleia da República, permitindo aos seus utilizadores o acesso a todos os conteúdos de forma não condicionada ao uso de software proprietário"

Diria que 3 anos dá deveriam ter sido suficientes para a Assembleia da República ter implementado as suas próprias Resoluções.. Afinal é a própria Assembleia da República a dar o exemplo no incumprimento da legislação ?"

Incentivo todos a ir ao site www.parlamento,pt e fazer o mesmo. A Assembleia da República deve dar o exemplo no cumprimento da legislação,

21 novembro 2010

Normas Abertas vão ser discutidas no Parlamento

Finalmente o Parlamento português vai discutir uma proposta de adopção de Normas Abertas no Estado. É já no dia 9 de Dezembro:

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O Grupo Parlamentar do PCP promoveu na Conferência de Líderes da AR esta semana o agendamento, para o próximo dia 9 de Dezembro à tarde, o debate e votação em Plenário do Projecto de Lei n.º 421/XI (adopção de normas abertas nos Sistemas Informáticos do Estado).Trata-se de uma proposta que lançámos em 2008 e que reapresentámos na actual Legislatura, visando promover a liberdade e soberania dos utilizadores de tecnologias (a começar pela própria soberania nacional em matéria de informação e gestão de dados), bem como a interoperabilidade de sistemas e a possibilidade futura de acesso aos dados, de uma forma que não seja condicionada por questões de propriedade intelectual ao nível dos formatos. Em anexo enviamos o Projecto-Lei que será debatido no Parlamento. A discussão será efectuada na generalidade, e caso o projecto seja aprovado, seguir-se-á (noutra data) o debate na especialidade em comissão parlamentar. Outros projectos de lei sobre esta mesma matéria, eventualmente apresentados por outros grupos parlamentares, poderão ser incluídos no debate (agendados por arrastamento).Estamos plenamente convictos da importância estratégica desta matéria para o futuro, e gostaríamos de vos convidar a assistir no Parlamento a este debate, agradecendo antecipadamente a divulgação que possam fazer da presente informação.

Bruno Dias,Deputado do PCP
http://www.parlamento.pt/ActividadeParlamentar/Paginas/IniciativasLegislativas.aspx

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Não posso deixar de apoiar..

04 fevereiro 2010

OpenOffice.org ultrapassa 20 % de quota na Alemanha


Um recente estudo atribui uma quota de utilização de 21.5 % ao OpenOffice.org. Não se trata das habituais "quotas de mercado", em que o Openoffice.org, sendo um produto gratuito, não aparece. Trata-se de um estudo de utilização real.

Ver mais no Quantenblog

A cidade de S.Francisco encoraja software livre

S. Francisco sempre foi a cidade onde me sentiria optimamente bem a viver. Agora ainda mais.

O Comité de Tecnologias de Informação da cidade de S.Francisco acaba de publicar a sua Política de Avaliação de Software: " A Política de Avaliação de Software COIT requer uma avaliação normalizada e rigorosa dos benefícios operacionais e do custo total de propriedade de novo software. A Política de Avaliação de Software requer que os departamentos considerem alternativas em código aberto, quando disponível, nas mesmas bases que software proprietário, pois essas alternativas podem reduzir os custos e diminuir o tempo necessário para colocar aplicações de software em produção"

À atenção dos nossos autarcas

31 janeiro 2010

Dinamarca 1 - Portugal 0

O parlamento dinamarquês acaba de adoptar o Open Document Format como o formato a ser utilizado para os documentos da administração pública dinamarquesa a partir de Abril de 2011. “ A minha ambição é que no futuro apenas comunicaremos através de normas abertas”, declarou Helge Sander, Ministro da Ciência da Dinamarca.

Esta decisão acontece apesar da pressão da Microsoft que tem um importante Centro de Desenvolvimento de Software na Dinamarca.

Enquanto isso Portugal continua omisso relativamente a normas de software, deixando o campo aberto à lei do mais forte e do monopólio de facto.

E na falta de uma discussão pública e aberta, o Caderno de Encargos do Magalhães 2 (acessível apenas a quem desembolse 500 Euros) pede para as crianças portuguesas um "office que permita abrir e escrever documentos OOXML"..

Não pede de um modo genérico uma aplicação que permita desenvolver as suas capacidades de escrita e de desenho, ou de arrumação de ideias.
Não pede algo que tenha sido discutido publicamente por pedagogos como o mais adequado a um público infantil.
Nem sequer pede uma aplicação que suporte normas, como as normas ISO 26300 (vulgo ODF) e ISO 29500 (uma variante dos formatos MS Office 2007 ainda nem sequer implementada pela própria [ 1].
Não pede uma norma que poderia ter sido adoptada pelo Ministério, para evitar a confusão de formatos de documentos que o lançamento do MS2007 nos computadores do e-professores lançou nas escolas.

Não.
Nada pede nada fundamentado em pedagogia ou normas existentes em Portugal.
Pede um office OOXML.
Ponto.

Dinamarca 1 - Portugal 0


[1] "ODF support was a priority for Microsoft, Micosoft's Doug Mahugh noted, adding that “real world” customers say that there is a pressing need for PDF support. “At this point there are no products using [ISO/IEC 29500] in the marketplace.” SDTimes

Nota de rodapé: todas as entradas deste blog refletem unicamente as minhas opiniões pessoais, expressas fora do meu contexto profissional. As opiniões do meu empregador são reflectidas no seu site empresarial

Twitter killed the Blog Star ?

Os meus comentários têm ultimamente passado mais pelo Twitter: 630 entradas até hoje.

Que me quiser seguir pode fazê-lo em http://twitter.com/pvilela

Mas tenho uma série de notas que não cabem naquele pequeno espaço. Em breve estarão aqui.

Até já

27 outubro 2009

Software Open Source no Departamento de Defesa dos Estados Unidos

O Departamento de Defesa dos Estados Unidos acaba de esclarecer num memorando as suas orientações relativamente à utilização de software open source. Seria interessante que as autoridades portuguesas as lessem:

ORIENTAÇÃO
a. O Software Open Source (OSS) cumpre a definição de software comercial em quase todos os casos, e será-lhe-á dado a preferência estatutária apropriada conforme (várias referências internas do DoD..)
b. As agências executivas, incluindo o Departamento da Defesa, devem conduzir
pesquisa de mercado na preparação da aquisição de produtos ou serviços segundo (mais referências internas do DoD..). A pesquisa de mercado para o software deve incluir OSS quando ele poder ser adequado às necessidades.
(1) Há aspectos positivos de OSS que devem ser considerados durante o estudo de mercado de software para utilização no DoD, tais como:
(i) A contínua e ampla revisão pública permitida pelo código fonte livremente disponível fortalece a fiabilidade e a segurança do software por via da identificação e eliminação de defeitos que poderiam ir de outra maneira não reconhecidos por um núcleo mais limitado da
equipe de desenvolvimento.
(ii) A capacidade irrestrita de modificaro código fonte do software permite ao Departamento responder mais rapidamente a situações de mudança e ameaças futuras.
(iii) A dependência de determinados fornecedores de software devido a restrições proprietárias pode ser reduzida pelo uso de OSS, que pode ser operado e mantido por diversos fornecedores de serviços, reduzindo as barreiras de entrada e de saída.
(iv) As licenças de código aberto não restringem quem pode usar o software ou em que campos de actividade. Por isso, o OSS proporciona um modelo de licenciamento que permite o fornecimento rápido de licenças tanto a utilizadores conhecidos como a imprevistos.
(v) Como o OSS tipicamente não tem um preço de licença por utilizador, pode proporcionar uma vantagem de preço em situações em que podem ser necessárias muitas cópias do software, e pode mitigar o risco do aumento de preço em situações onde o número total de utilizadores não é conhecido com antecedência.
(vi) Através da partilha da responsabilidade pela manutenção do OSS com outros utilizadores, o Departamento pode beneficiar da redução do preço total da propriedade do software, em particular comparado com o software para o qual o Departamento tem a única responsabilidade pela manutenção
(vii) O OSS é especialmente conveniente para prototipagem rápida e experimentação,
onde a capacidade de testar o software com custos e prazos mínimos pode ser importante.

03 outubro 2009

O próximo Ubuntu








Para quem já não se deixa impressionar pelas repetidas promessas de outros de que "agora é que é, este agora é que é bom, desculpem qualquer coisinha pela versão anterior.." saiu agora a versão beta do Ubuntu Linux 9.10 . O Ubuntu habituou-nos a este ritmo sincopado de actualizações que o está a dirigir rapidamente na direcção de ser o melhor sistema operativo desktop do mundo.

Quem quiser ser mais cauteloso pode esperar pela versão definitiva no final de Outubro.

Esta versão outonal traz muitas boas novidades, algumas das quais já cá deviam estar há muito tempo - mas mais vale tarde que nunca.

Parte dessas novidades são originais do Ubuntu, outras decorrem da actualização do ambiente desktop Gnome para a versão 2.28, que é utilizado também pelas outras versões de Linux e nix (Solaris).

Uma há muito devida é uma boa aplicação de gestão de dispositivos Bluetooth
A aplicação de "messenger" Empathy promete ser mais consistente e integrada no desktop
E o "Cheese", a aplicação de fotos e vídeos no Webcam, promete muito divertimento.

Todas as outras mudanças no desktop provenientes do Gnome estão descritas aqui.


As mudanças que são trazidas pela própria equipa do Ubuntu são bem radicais.

Numa perspectiva mais técnica, o novo sistema de arranque do sistema e aplicações Upstart rompe com um método, o init, que já vem dos tempos aúreos do Unix - há muito tempo, portanto. Permitirá uma maior flexibilidade e dinâmica ao sistema. É um dos pontos a seguir com atenção (para os técnicos..)

Se instalar aplicações em Ubuntu já era fácil, procedeu-se agora a uma já difícil melhoria, pela integração das funções de instalação e actualização de software num novo Ubuntu Software Center.

E a sincronização de documentos e ficheiros com outras pessoas e outros computadores vai ser radicalmente facilidada com o novo Ubuntu One.

Estas foram as novidades que mais me chamaram a atenção. Vejam vós próprios no site do Ubuntu.

E cuidado com aqueles moços que só vêm setes à frente .. :-)

14 setembro 2009

As tecnologias da informação, a sociedade e a política

As tecnologias da informação estão presentes em cada vez mais áreas da nossa vida: da ciência, à gestão das empresas, à comunicação empresarial, à organização da administração pública, aos jogos, à comunicação pessoal, à literatura, à música, ao conhecimento. Alargaram-se da esfera da organização para a esfera individual e a esfera social. São instrumentos de reforço das ligações profissionais, de amizade e amorosas. Destroem modelos de negócio. Servem estratégias de conquista do poder. Tornaram-se políticas.

A componente política será discutida no "Debate com os Partidos Políticos sobre a Sociedade da Informação e do Conhecimento" organizado neste dia 15 de Setembro pelas 17:00 pela APDSI - Associação para a Promoção e Desenvolvimento da Sociedade da Informação. Quem não puder estar presente na Reitoria da Universidade Nova de Lisboa pode ouvir a posição dos partidos por videoconferência. Saúdo a APDSI por mais esta iniciativa, já tradicional no contexto das eleições legislativas e sempre oportuna e esclarecedora.

Por seu lado a ANSOL - Associação Nacional para o Software Livre endereçou 10 perguntas aos candidatos para as Eleições Legislativas. Este espaço para a posição política sobre temas de interesse dos cidadãos ainda só foi preenchido pelo Movimento Esperança Portugal. Aguardamos as restantes respostas às 10 perguntas da ANSOL:
  1. Defenderão que as administrações e serviços públicos, quer centrais quer locais, mandatem a utilização de Normas Abertas nas suas escolhas, compras e desenvolvimentos próprios ?

  1. Defenderão que as administrações e serviços públicos, quer centrais quer locais, incluam sempre a opção de Software Livre nas suas escolhas, compras e desenvolvimentos próprios?

  1. Apoiarão políticas activas a favor do Software Livre, e opor-se-ão a qualquer discriminação contra ele?

  1. Apoiarão a criação de um Centro de Apoio à Implementação de Software Livre na Administração Pública, que apoie os serviços públicos que entendam iniciar projectos de migração ou implementação de software livre?

  2. Apoiarão a criação de uma Entidade Reguladora de Tecnologias da Informação que defina as Normas Abertas a serem implementadas em Portugal, que defenda um mercado aberto a todos e lute contra os abusos de posições dominantes?

  3. Comprometem-se a ter uma política de transparência na Administração Pública, promovendo a divulgação de actos de governação, legislativos, das aquisições públicas e dos dados estatísticos de modo completamente aberto, gratuito, com pesquisa e integrável em sites web independentes?

  1. Defenderão os direitos dos autores e utilizadores do Software Livre, especialmente no que requer a modificação de todas as disposições legais que actualmente enfraquecem esses direitos, e opor-se-ão a qualquer projecto de legislação que vá nesse sentido?

  1. Defenderão o mercado e as empresas nacionais contra a ameaça das patentes de software, por exemplo forçando o UPLS a ser um projecto Europeu sob a alçada do Parlamento Europeu e Tribunal Europeu de Justiça, evitando assim a sua introdução dissimulada bem como providências cautelares vindas de países externos ao mercado Europeu com efeitos aplicáveis?

  2. A protecção legal ao DRM foi introduzida na lei 50/2004 pela pressão intensiva das editoras fonográficas e cinematográficas, em franco desequilíbrio dos direitos dos consumidores. Tendo em conta que o DRM também é diametralmente incompatível com Software Livre, defenderão a remoção ou mesmo a ilegalização desta protecção legal da lei?

  1. Que outras medidas de apoio à liberdade digital e ao Software Livre promoverão?

Voltando à APDSI, esta associação organiza também no dia 15 de Setembro pelas 14:00, em colaboração com o INA - Instituto Nacional de Administração, uma audioconferência sobre "O Futuro da Sociedade da Informação e do Conhecimento em Portugal", com temas tão oportunos como os seguintes:
  • A prioridade dada à sociedade da informação será suficiente face ao actual modelo de investimento público?
  • Estamos satisfeitos com o processo de modernização do Estado com recurso às tecnologias da informação?
  • Tem havido progressos na colaboração entre organismos e ministérios para a prestação de melhores serviços electrónicos
  • O modelo actual de gestão das tecnologias da informação no Estado é o mais adequado?
  • Estamos satisfeitos com a penetração das tecnologias na sociedade portuguesa? Os cidadãos e as empresas têm beneficiado?
  • Que fazer para lutar contra a infoexclusão dos portugueses?
  • A sociedade da informação tem contribuído para aproximar as regiões?
  • A sociedade da informação tem contribuído para aproximar as gerações?
  • Qual o papel da sociedade da informação na superação da crise?
  • Quais as virtudes e defeitos do projecto "Magalhães"? O sistema educativo tem melhorado com os projectos e-Escola e e-Escolinha?
  • Os governos têm dado atenção suficiente ao software livre na administração pública?
Finalmente, e como já noticiei aqui, a ODF Alliance Portugal organiza no dia 16 no Auditório da IBM no Parque das Nações o I Encontro Nacional de Interoperabilidade, que vem na senda do evento "Interoperabilidade nos Sistemas de Informação" organizado em Abril passado pela Universidade de Évora, mas que pretende agora dar a palavra à sociedade civil sobre esse tema de interesse crescente.

Todas estas iniciativas da sociedade civil colocam pressão sobre os políticos e sobre os fornecedores. A sociedade portuguesa, os cidadãos portugueses, querem saber com o que podem contar, querem clareza, esclarecimentos, transparências nas deciões e gastos públicos, prestação de contas. Querem decisões baseadas nos seus interesses e não nos interesse dos fornecedores do estado.

Querem ver assegurados o seu direito de comunicar, ameaçado pela tentativa de impor um direito de propriedade que ainda não evoluiu para as novas realidades tecnológicas.
Querem os seus direitos respeitados .

Vamos ouvir as respostas.

Nota de rodapé: todas as entradas deste blog refletem unicamente as minhas opiniões pessoais, expressas fora do meu contexto profissional. As opiniões do meu empregador são reflectidas no seu site empresarial

13 setembro 2009

16 de Setembro - I Encontro Nacional de Interoperabilidade







Vai realizar-se no no próximo dia 16 de Setembro o I Encontro Nacional de Interoperabilidade

Neste encontro a ODF Alliance Portugal, a APDSI (Associação para a Promoção e Desenvolvimento da Sociedade de Informação), o IFILP - Instituto de Formação e Investigação da Língua Portuguesa, a IBM e a Sun Microsystems desafiam os próprios utilizadores a debater as razões pelas quais nem sempre as suas soluções respondem com a eficácia esperada às necessidades dos profissionais a que se destinam.

Personalidades de referência de vários sectores debruçam-se sobre os motivos que levam frequentes vezes juízes, médicos, professores, advogados, e tantos outros profissionais a manifestar resistências perante as soluções técnicas e logísticas adoptadas nas suas áreas.

O objectivo deste I Encontro é promover uma discussão sobre o que é necessário para que, em sectores tão diversos como os Negócios, a Justiça, o Ensino e Ciência, a Economia, a Gestão Documental ou a Cultura, os vários intervenientes num mesmo sistema possam cooperar entre si de forma confortável, competente e eficaz.

Na parte final do encontro, personalidades do mundo académico e auditório interpelam responsáveis políticos nacionais sobre o diagnóstico do que se passa actualmente em Portugal, num debate aberto sobre os planos e perspectivas de futuro na procura de soluções subordinadas às reais características dos profissionais portugueses.

Entre os oradores e membros do painel contam-se com personalidades como
Dr. Rui Grilo (Coordenador Adjunto para o Plano Tecnológico)
Dr. Ricardo Jardim Gonçalves (Coordenador do UNINOVA-GRIS
Dr. António Marinho Pinto (Bastonário da Ordem dos Advogados)
Prof. Dr. Luís Amaral (Pró-reitor da Universidade do Minho)
Prof. Dr. José Tribolet (Presidente do INESC)
Dr. Francisco Barbedo (subdirector da DGARQ, ex-IAN/Torre do Tombo)
Prof. Dr. Bragança de Miranda (Professor associado na Universidade Nova de Lisboa)
Dr.ª Anabela Pedroso (Presidente da AMA)
Prof. Dr António Machuco Rosa (Professor catedrático na Universidade Lusófona)
Dr. Bruno Dias (Deputado co-autor do Projecto de Lei para estabelecer a adopção de normas abertas nos sistemas informáticos do Estado.)
Prof Dr José Dias Coelho (Presidente da APDSI)

Local: auditório da IBM no Parque das Nações
Edifício Office Oriente
Rua Mar da China, lote 1.07.2.3

Horário: das 9:15 às 17:30

Consultem o programa no site do evento em: http://encontro.interoperabilidade.info

Inscrevam-se no mesmo site com o código SUN233314264711

Sigam as actividades da ODF Alliance:
Site internacional: http://www.odfalliance.org
Site português: http://www.odfalliance-pt.org
Twitter: odf_pt
Facebook: ODF_PT

27 julho 2009

Apresentações da OSCON2009 já disponíveis






Acabou de se realizar uma das mais importantes conferências mundiais de Open Source, a OSCON 2009. É organizada pelo mítico O'Reilly, e este ano decorreu em San Jose, nos Estados Unidos. Já estão disponíveis muitas das apresentações. Referencio aqui algumas para fazer crescer água na boca:

A Survey of Ubuntu Server in the Enterprise - Nick Barcet (Canonical UK Ltd)
Applying Open Source Principles to Federal Government - Gunnar Hellekson (Red Hat Government)
Automating the Cloud with Chef - Adam Jacob (Opscode)
Building and Running An Open-Source Community: The FreeBSD Project - Marshall Kirk McKusick

23 julho 2009

JavaPT09 - 17 de Setembro na Universidade do Minho








Vai-se realizar no próximo dia 17 de Setembro na Universidade do Minho em Braga o JavaPT09.
Este ano é uma organização da Sun Microsystems com o Departamento de Informática da Universidade do Minho e o PTJUG - Grupo Português de Utilizadores de Java.

É uma aposta nos nas empresas, nos criadores de software e nas academias do Norte, que já mereciam um evento assim. Java continua a ser a plataforma de desenvolvimento multi-plataforma por excelência, para Windows, para Linux, para Solaris, para Mac OSX, para telemóveis, para o Cartao do Cidadão.. Para todo o lado, e para quem é verdadeiramente independente.

A agenda deste ano está recheada de pontos importantes. A constituição do Centro de Competência de Java na Universidade do Minho visa dinamizar a plataforma Java no meio Universitário A sessão hands-on "End-to-End Mobile Application Development" irá certamente ficar esgotada rapidamente. Quem não puder entrar terá as certamente interessantes sessões organizazadas pelo PTJUG, e a sessão de JavaFX" para desenvolvimento de Rich Internet Applications.

Estão já disponíveis a Agenda e sugestões de alojamento para quem for de mais longe

Divulguem e apareçam. Inscrições aqui.


Porque deve a Administração Pública utilizar (mais) Software Livre

O Portal iGov teve a amabilidade de publicar um artigo meu com o título "Porque deve a Administração Pública utilizar (mais) Software Livre".

Começa assim:

"
Em tempos de crise fazem-se contas. Anda-se menos de carro e mais de transportes públicos. Vai-se menos vezes comer fora – ou não se vai de todo. Tem-se mais atenção a desligar as luzes em casa.

A Administração Pública portuguesa também faz contas. Mas de um modo diferente. Há investimentos adiados, e há investimentos antecipados. Há que poupar nos gastos não produtivos e gastar no que pode estimular e economia, e retirar-nos mais cedo da crise.

No campo do software, que se pode fazer?"

Vejam o artigo completo no iGov . Recomendo :-)

17 julho 2009

2ª Edição do SAPO Summerbits

Recebi este anúncio da Associação Ensino Livre. Esta é realmente uma óptima iniciativa. Parabéns à AEL e ao SAPO:

"O SAPO e a Associação Ensino Livre lançam hoje dia 8 de Julho o programa SAPO Summerbits. Neste programa são oferecidas bolsas a estudantes, de todos os graus de ensino ou proveniências (maiores de 18 anos e com vínculo a Escola/Universidade Portuguesa), para que contribuam para projectos de Software Livre, já existentes ou completamente novos. As ideias com maior impacto tecnológico e social serão financiadas com 2500€ ao longo de três meses.
Após o sucesso da 1ª Edição, continuamos com o objectivo de tornar o SAPO Summerbits num programa de referência no meio académico e junto das diversas comunidades de software livre que fervilham por todo o país, mostrando simultaneamente ao mundo toda a capacidade criativa dos nossos estudantes.

Na 2ª Edição serão financiados até 10 projectos. As candidaturas são feitas electronicamente pelos orientadores que vão acompanhar o aluno ao longo dos três meses e estarão abertas até dia 27 de Julho de 2009. Para mais informações visite a página oficial do projecto em summerbits.sapo.pt."

02 julho 2009

VirtualBox 3.0 virtualiza gráficos 3D e servidores com 32 vCPUs


Na sua estonteante e ultra rápida evolução, o software open-source VirtualBox lançou a versão 3.0 com enormes melhorias quer para o desktop quer para os servidores:

Servidores
  • Suporte de 32 vCPUs (virtual CPUs) por máquina virtual, permitindo máquinas virtruais com cargas bem pesadas
  • Melhoria do desempenho com optimização do Hypervisor para SMP (Symmetric Multi Processing)
  • Uma melhorada API que será a base do projecto VirtualBox Web Console para gerir Centros de Dados a partir de uma consola web
Desktop
  • Suporte de Microsoft Direct3D para máquinas virtuais Windows, permitindo que aplicações Windows com uso intensivo de gráficos , como jogos e modelação, corram em ambientes virtuais (vou já experimentar o WoW)
  • Suporte do OpenGL 2.0 (Open Graphics Library), permitindo correr aplicaçoes gráficas exigentes com software CAM
  • Suporte adicional de muitos dispositivos USB, como iPods e telemóveis
Experimentem já !

29 junho 2009

Compras públicas e interoperabilidade

A questão do ajuste directo do Portal dos Contratos Públicos à Microsoft está a trazer a público um outro problema grave na nossa abordagem às Tecnologias de Informação e Comunicação, e para o qual é necessário chamar a atenção. Na sua justificação da utilização do processo de ajuste directo, o Instituto da Construção e do Imobiliário (InCI) refere que "o sistema integrado de gestão do InCI estava, já na altura, a ser desenvolvido em ambiente Microsoft" e "era imperioso manter a mesma opção tecnológica no Portal dos Contratos Públicos, por todas as vantagens existentes na relação entre ambas, nomeadamente no que concerne à apreensão de 'know-how' [conhecimento] e à sua manutenção".

Serei o único a ficar preocupado com esta justificação?

Imaginemos que todos os computadores pessoais adquiridos por um outro organismo público o eram a um único fornecedor porque "era imperioso manter a mesma opção tecnológica". Devemos subentender que os teclados eram diferentes? Que a rede do dito organismo só funcionava com os computadores da marca X? Que com computadores de outras marcas não conseguiam aceder às aplicações do organismo?

Ou imaginemos que um organismo público justificava a compra de todas as suas viaturas a uma única marca porque "era imperioso manter a mesma opção tecnológica". Que quereria isto dizer ? Que todas as suas viaturas teriam de ter o sistema" xDrive" porque senão os seus motoristas não saberiam o que fazer se parassem avariados no meio da estrada? Que a bomba de gasolina também vendida pela dita marca de automóveis só serviria para abastecer carros dessa mesma marca ?

Não é isso que acontece, felizmente. Qualquer computador pessoal de qualquer marca serve para acedermos às mesmas aplicações. Qualquer viatura de qualquer marca pode ser conduzida por qualquer motorista ministerial.

E porquê? Porque houve uma normalização do funcionamento. Apesar das diferentes dimensões, cores, tecnologias de monitor, tamanho ou tipo de disco, podemos instalar Windows ou Linux em todos os computadores e fazer, por exemplo as nossa declarações de impostos. Independentemente do tipo de motor, sistema de travagem, ou mesmo tipo de combustível, conseguimos guiar qualquer carro. Existe um processo semelhante entre dispositivos diferentes, de marcas diferentes.

Esta harmonização permite que haja uma concorrência efectiva entre os fornecedores de computadores pessoais e de automóveis, para nos mantermos nestes exemplos. Isto permite que os preços baixem continuamente, por pressão dos compradores sobre os fornecedores.

Como o próximo Congresso das Compras Públicas irá certamente ilustrar, a nossa sociedade está a despertar para procedimentos de aquisição mais inteligentes, mais concorrenciais, e está a a perceber as enormes poupanças que podem advir das compras baseadas na normalização dos requisitos e na interoperabilidade entre os produtos.

E aqui chegamos à chave da questão. À interoperabilidade. Precisamos de saber que os computadores de marcas diferentes trabalham uns com os outros. Que automóveis de marcas diferentes podem ser abastecidos nas mesmas bombas de gasolina. Só assim nos sentimos à vontade para escolher diferentes fornecedores.

Será que existe ainda uma imaturidade do mercado de software que possa ainda justificar que uma compra de um serviço, de uma aplicação, seja feita a uma determinado fornecedor porque é "imperioso manter a mesma opção tecnológica"? Não. A interoperabilidade já existe na área do software. Já existem normas de software, como no hardware e nos automóveis. Qualquer PC com qualquer sistema operativo pode aceder a qualquer página web na Internet, a não ser que ela tenha sido tortuosamente ou preguiçosamente feita para só trabalhar com um determinado browser. Estaremos aí no domínio da gasolina que só abastece carros de uma marca...
Qualquer fotografia pode ser transferida de um PC com Windows para outro com Linux ou um MAC. Existe uma norma chamada JPEG que explica como se descreve uma fotografia em formato digital, e que é implementada por quem entender.

Os sistemas empresariais não fogem a esta regra. Podemos partilhar informações entre sistemas operativos diferentes, entre diferentes fornecedores de hardware. E todos os compradores ganham com isso, pois criam-se as condições para uma concorrência saudável, e para preços mais baixos.

Se o o Instituto da Construção e do Imobiliário (InCI) considera que só pode adquirir uma aplicação de software a um único fornecedor porque é "imperioso manter a mesma opção tecnológica", está a incorrer em vários enganos. O primeiro é tecnológico - aplicações mesmo tecnologicamente diferentes interoperam alegremente por esse mundo fora. O segundo é de formação. Não há neste momento nenhum informático que saia de uma Universidade sem conhecer sistemas diferentes. O terceiro é de gestão - se o fornecedor é único, então é ele, e não o comprador, que determina o preço. Não havendo escolha, não havendo concursos ou consultas, o preço a pagar é o que o fornecedor quiser fazer.

Estes enganos são infelizmente comuns em Portugal. A relativa imaturidade do mercado de software explica que ainda se mantenham. Cabe-nos a todos nós, informáticos, elucidar os gestores que a interoperabilidade já existe, e que quem acha que está condenado a "manter a mesma opção tecnológica" está felizmente equivocado. Um futuro risonho de compras concorrenciais de software e serviços, por menor custo, espera-o !

Nota de rodapé: todas as entradas deste blog refletem unicamente as minhas opiniões pessoais, expressas fora do meu contexto profissional. As opiniões do meu empregador são reflectidas no seu site empresarial

01 junho 2009

OpenSolaris 2009.06 disponível


Está já disponível a versão 2009.06 do OpenSolaris. Esta nova versão traz inúmeras novidades,
dos quais saliento as seguintes:
  • Time Slider, com a capacidade de criar snapshots e voltar atrás no tempo
  • Suporte de novos codecs de multimedia com o utilitário Codeína
  • Media Center Elisa - entretanto rebaptizado Moovida
  • Nova interface do Package Manager, para mais fácil instalação de aplicações
  • Virtualização de redes com Crossbow
Downloads aqui

23 maio 2009

UNESCO e Sun Microsystems promovem Tecnologias Abertas

A UNESCO acaba de assinar um acordo com a Sun Microsystems para a promoção de tecnologias abertas. Este acordo faz parte dos esforços continuados da UNESCO para promover a inclusão digital.

O OpenOffice.org e a norma OpenDocument Format (ODF) serão utilizados como uma forma económica de melhorar o acesso à educação, com acesso universal à informação e ao conhecimento. Suportarão o desenvolvimento de sociedades abertas e inclusivas nas economias emergentes e em desenvolvimento.

Está prevista a criação de um Centre of Excelência para a Adopção de Tecnologias Abertas

22 maio 2009

Novas sessões do Open Learning Roadshow

Tiveram lugar recentemente mais duas sessões do Open Learning Roadshow
nos dois Campus do Instituto Superior Técnico :

18 de maio - IST Tagus Park

21 de Maio - IST Alameda

No final da sessão de 18 de Maio foi assinado o Protocolo entre a UMIC e a Sun Microsystems para a criação de Academias TIC no Ensino Superior

As próximas sessões do Open Learning Roadshow são :

27 de Maio - 15:00 - Universidade de Aveiro - Anfiteatro do Instituto de Telecomunicações

1 de Junho - 14:00 - Faculdade de Engenharia da Universidade Católica - Anfiteatro 12A

08 maio 2009

Lançamento do OpenOffice.org 3.1


A Comunidade Portuguesa do OpenOffice.org anuncia hoje a disponibilidade da versão portuguesa do OpenOffice.org 3.1, em simultâneo com as outras versões oficiais. Graças a uma colaboração entre a Sun Microsystems Portugal e a Escola Secundária Augusto Cabrita, e no âmbito de um protocolo de colaboração entre o Ministério da Educação, esta versão portuguesa foi sujeita antecipadamente a todos os testes de qualidade e está disponível para download em todo o mundo, quer no site oficial htttp://www.openoffice.org quer no site português http://pt.openoffice.org
.
Este facto demonstra o crescente empenhamento da sociedade portuguesa numa alternativa credível e de qualidade para uma ferramenta de tratamento de texto, folha de cálculo, apresentações, desenho, e base de dados para utilização pessoal e empresarial.

A versão 3.1 do OpenOffice.org é uma actualização significativa para a aplicação líder mundial em produtividade de escritório (Office) de código aberto. Desde que a versão 3.0 do OpenOffice.org foi lançada em Outubro passado, mais de 50 milhões de downloads foram registadas a partir do site oficial do OpenOffice.org. Lançado em mais de 90 línguas e disponível gratuitamente em todas as principais plataformas de computadores, o OpenOffice.org 3.1 parece destinado a bater este recorde.

A Comunidade do OpenOffice.org tem estado a ouvir os seus utilizadores. Estes foram convidados a votar nas características "mais desejadas", e o resultado já ajudou a moldar este novo lançamento. Esta nova versão inclui também um mecanismo opcional que permite que os utilizadores informem a equipa de desenvolvimento sobre como é utilizado o OpenOffice.org

A maior mudança (meio milhão de linhas de código!) e a mais visível é a renovação da qualidade gráfica do OpenOffice.org . Os mais técnicos denominam-na de "anti-aliasing" - os utilizadores normais apreciarão a melhor qualidade gráfica de todas as imagens. As melhorias estendem-se a outras mudanças mais subtis, como a forma como as imagens são mantidas enquanto estão a ser arrastadas, a forma de destacar as selecções de texto, e a adição da capacidade de sobrepor linhas a texto ("sobrelinhar"..) .

As características principais desta versão incluem:

Processamento de texto
* Melhorias nos comentários: os comentários respondidos são apresentados como "conversas"
* Maior integração do verificador gramatical
* Numeração de destaques dentro de parágrafos para documentos complexos

Folha de cálculo
* Dicas para fórmulas, com novas e melhores fórmulas disponíveis
* Melhoria nos ordenamentos
* Remoção de estrangulamentos ao desempenho
* Cursor deslizante de tamanho de imagem adicionado à barra de estado
* Mudança de nome de folhas com clique duplo

Gráficos
* Posicionamento flexível dos eixos para os utilizadores científicos e educativos
* Gestão flexível dos pontos de dados "não existentes"

Apresentação
* Botão de tamanho dos caracteres

Base de Dados
* Destaque da sintaxe SQL
* Implementação mais fácil de aplicações macro

Internacionalização e Localização
* Melhor suporte para escrita bidireccional
* Suporte a novas línguas

O OpenOffice.org também tem agora um melhor dispositivo de controlo de acesso em simultâneo a ficheiros , permitindo aos utilizadores partilhar arquivos com segurança em ambientes multi-plataforma.

"O OpenOffice.org 3.1 demonstra que estamos a ouvir os nossos utilizadores, e que graças ao empenho de longo prazo dos nossos apoiantes, podemos investir o tempo e esforço necessários para fazer mudanças significativas no software, "disse John McCreesh, líder de Marketing do OpenOffice.org. "O OpenOffice.org tem todas as características que os utilizadores querem, é fácil de usar e gratuito. Apelamos a todos para que o descarregam e o experimentem ainda hoje."

Download
O OpenOffice.org 3.1 está disponivel para download gratuito a partir de
http://pt.openoffice.org ou de http://download.openoffice.org

Guia de novas funcionalidades
http://www.openoffice.org/dev_docs/features/3.1/index.html

Corrector ortográfico e dicionário de sinónimos português
http://pt.openoffice.org/download/dics.htm

Sobre o OpenOffice.org
A Comunidade OpenOffice.org é uma equipa internacional de voluntários e empresas, incluindo a fundadora Sun Microsystems, a Novell, a Red Hat, a IBM, a Google e a Red Flag, que desenvolvem, traduzem, apoiam e promovem a suite de produtividade de código aberto OpenOffice.org.
O OpenOffice.org usa o OpenDocument Format, uma norma internacional (ISO/IEC 26300 ), bem como os formatos de arquivos clássicos, como os do Microsoft Office. Está disponível nas principais plataformas de computação em mais de 90 idiomas.
O software OpenOffice.org é fornecido sob a licença “Lesser GNU Public Licence” (LGPL), e pode ser utilizado gratuitamente, para qualquer propósito, privado ou comercial.

O OpenOffice.org em Portugal
A Comunidade Portuguesa do OpenOffice.org conta com a colaboração de vários voluntários, e das empresas Caixa Mágica Software, Intraneia e Sun Microsystems.
Mantém um sítio em língua portuguesa: http://pt.openoffice.org
Pode ser contactada através do e-mail: marketing@pt.openoffice.org

07 maio 2009

Continua o Open Learning Roadshow











O Open Learning Roadshow continuou esta semana na Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa ( dia 5 de Maio) e na Universidade do Minho em Braga (dia 6 de Maio).

Continuamos a falar da Sun Academic Initiative (SAI), do Open Source University Meetup (OSUM), de Open Solaris e de Java.

Para a semana estaremos aqui:
Instituto Politécnico de Lisboa - ISEL - dia 11 de Maio às 14:00
Universidade do Porto - FEUP - dia 13 de Maio às 15:00
Universidade de Coimbra - FCT - dia 14 de Maio às 10:00
Universidade Nova de Lisboa
-FCT - dia 14 de Maio às 16:00