Conforme se pode ler na Computerworld de 3 de Novembro, o Microsoft Office deixou de ser um produto de produtividade pessoal. Neste momento evoluiu "para um sistema mais abrangente e integrado de programas, servidores e serviços que constituem a base do software Microsoft, assente em funções, integrando capacidades adicionais para a integração de XML (eXtensible Markup Language), serviços de fluxo de trabalho e integração de portais e LOB - Microsoft Office SharePoint Portal Server, Microsoft SQl Server Reporting Services e com a plataforma Microsoft em geral".
Toda esta envolvencia só me faz lembrar aqueles casamentos em que o recém-casado, depois de dar o nó, rapidamente se apercebe que casou não apenas com a apetecível noiva, mas também com a sogra, o sogro, a cunhada, o marido da cunhado, os sobrinhos da cunhada, mais os tios, as tias, e a família da noiva em geral.
A Microsoft, confrontada com o cada vez mais insustentável desafio de ter de justificar aos clientes o pagamento de milhares ou milhões de Euros por uma plataforma de software para a qual existem alternativas gratuitas perfeitamente adequadas, como o OpenOffice.org, resolveu entretecer o Microsoft Office com "a plataforma Microsoft em geral". Os clientes são progressivamente acorrentados (sem aspas) numa cadeia de software que liga aplicações umas às outras, e das quais não se conseguem escapar.
Já são vários os responsáveis de sistemas de informação a quem ouvi referir a falta de coragem para se envolverem numa migração para fora da "plataforma Microsoft em geral". Desejam não gastar dinheiro sem razão na plataforma de office, e sabem que há uma alternativa real e viável. Mas sabem que irão ter muito trabalho pela frente para desfazer este novelo da "plataforma Microsoft em geral".
Estão, ou sentem-se, acorrentados..
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1 comentário:
1, tetracycline,
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