29 dezembro 2007
Economist: tudo o que é relacionado com computadores vai-se abrir em 2008
De forma que fico satisfeito de a ver a fazer previsões tecnológicas para 2008 que vão ao encontro do tema principal deste blog - Abre-te Software: "Surfing - and everything else computer related - will open".
Deixo só aqui, nestes dias de festa e gula, apenas os bocados mais saborosos:
"(Ubuntu Linux) é agora mais simples de instalar e configurar do que Windows. Foi posto muito trabalho em tornar os gráficos, e especialmente os tipos de letra, tão intuitivos e atraentes como os do Mac"
"Tal como outras edições de Linux, Ubuntu trabalha perfeitamente bem em máquinas menos potentes que não podereriam aspirar a funcionar com Windows XP, quanto mais com Vista Home Edition ou o OSX da Apple"
"Quando as empresas estão habituadas a comprar PCs com Vista Business Edition por 1000 dólares e a instalar-lhes uma cópia de 200 dólares do Microsoft Office, torna-se muito grande a atração de um computador com custo inferior a 500 dólares utilizando um sistema operativo gratuito como o Linux e uma aplicação de produtividade pessoal como o OpenOffice.
E isto sem contar com os 20.000 dólares ou mais necessários para o software Exchange e SharePoint da Microsoft. Mais uma vez, existem alternativas gratuitas a este software de servidores."
O Economist aborda também o tema da abertura do espectro feito vago pela TV Digital, paro o que também convido à leitura.
26 dezembro 2007
Crenças
Eu falo da Noruega, da Bélgica, da Holanda. O Marcos fala da Dinamarca, dos Estados Unidos. Cada um de nós pode citar exemplos a favor daquilo que acredita. E às tantas já não se estão a discutir factos, montanhas de factos. Estão-se a discutir crenças. E os argumentos são irrelevantes quando se discutem crenças, como todos sabemos.
É de esperar que um funcionário de uma empresa a defenda, ou pelo menos que não a ataque. Ou que dela saia, se se tornar realmente crítico da sua actuação.
Eu tenho a felicidade de trabalhar numa empresa com cuja ética e linhas de actuação concordo, o que me dá conforto, e que me faz querer continuar por lá. As minhas ideias não vêm do sítio onde trabalho, pelo contrário, trabalho num sítio onde as minhas ideias não só não são violentadas, mas são até valorizadas.
Posso pensar que o Marcos Santos se identifique com a sua empresa no sentido em que é a "maior empresa de software do mundo", o que o deve encher de orgulho. E que até faz algum software de qualidade (nem todo..). Tem de varrer para algum canto da consciência alguma falta de ética que é constantemente denunciada em relação à empresa dele. Pode dizer que são só algumas ovelhas negras, ou que "eram outros tempos", ou que todas as empresas ambicionam ser monopolistas, a Microsoft é apenas invejada porque o conseguiu. E continuar a olhar para o "bom software" que a Microsoft produz.
Pois é, eu não me consigo ver a trabalhar numa empresa que valoriza a eliminação sistemática dos concorrentes, que faz campanhas "Get the Facts" cheias de FUD, a denegrir o que eu defendo, a denegrir os produtos derivados de um espírito colaborativo de trabalho, em que há competição pelo mérito, e cooperação sempre que possível, e sempre, sempre, transparência no que se faz.
Vejo nestas discussões as crenças e os preconceitos sobreporem-se à razão. Vejo atacarem-se irrealistas cenários futuros (monopólios 2.0..) , e fecharem-se os olhos aos monopólios existentes, à tirania das decisões tomadas em contactos a alto nível com os deslumbrados com o homem mais rico do mundo.
As minhas crenças não são as de que quem é mais poderoso tem razão. As minhas crenças são de que a razão e a verdade triunfam, contra a inquisição, contra o nazismo, contra a tentativa de esconder as verdades científicas porque contrariam a religião ou os interesses económicos.
Mais terra a terra, as minhas crenças são na liberdade de escolha, e no mérito. São valores que permeiam a cultura do software livre. São valores que entram em conflito com os negócios feitos nos gabinetes, com as trocas de favores entre pessoas influentes.
As minhas crenças não me fazer pensar que todo o software livre é bom. Há bom, e há mau. Mas o mau melhora-se, ou dá origem a projectos alternativos.
O software livre não estagna, porque há sempre quem queira fazer melhor, e novos projectos tomam o lugar dos que chegarm a becos sem saída. Como na evolução. O Internet Explorer parou no tempo quando se tornou "o que toda a gente usava", e só recomeçou a melhorar quando surgiu o browser Opera e depois o Firefox com melhorias tão gritantes que as pessoas deixaram de usar "a norma". O Microsoft Office parou no tempo, e só deu uma grande volta quando o OpenOffice.org surgiu nos relatórios da Microssoft como uma ameaça aos seus lucros.
A minha crença é que o software proprietário conduz à estagnação assim que o monopólio é atingido. Que a súbita conversão da Microsoft às normas abertas desaparecerá assim que consiga afastar a ameça de formatos que não controla.
A minha crença é na evolução técnica, na troca e partilha de ideias, na discussão aberta, nos produtos e normas abertas.
Qual é a vossa crença?
E a Noruega também!
De acordo coma nota de imprensa a utilização de ODF (ISO/IEC 26300) para documentos editáveis que se descarreguem da Internet será mandatória para todas as entidades da administração pública a partir de 1 de Janeiuro de 2009.
Mais tarde todas as agências da administração pública deverão utilizar formatos abertos na troca de documentos entre si e com o público. O sector público deverá converter todos os documentos em formato proprietário para formatos abertos até 2014, declarou a Ministra.
"Este governo decidiu que o desenvolvimento das tecnologias de informação e comunicação na administração pública será baseado em formatos abertos. No futuro não aceitaremos que os utilizadores de informação pública sejam aprisionados a formatos fechados por entidades públicas", declarou a ministra" Grande Røys.
Press release original (em noruguês) ...
Ok, e também em inglês..
14 dezembro 2007
ODF adoptado na Holanda ! Open-source recomendado!
Também foi aprovado que o software open-source é preferencial, e que em igualdade de circunstâncias deve ser escolhido em vez de software proprietário.
Notícia em holandês aqui
Tentativa de tradução (aceitam-se melhoramentos):
Parlamento aprova Plano de Acção sobre Normas Abertas
Quarta-feira, 12 de Dezembro de 2007 - A Câmara baixa do Parlamemto aprovou o plano para normas abertas e software open-source na administração pública. Há mesmo uma "btigada De Normas Abertas e uma "hotline" pública.
Debaixo de uma avalanche de comprimentos, novas promessas e algumas poucas críticas foi aprovado pela câmara baixa do Parlamento o plano de acção "Os Países Baixos em ligação aberta". Adoptando a política dos Ministérios do Interior e dos Assuntos Económicos, a Administração Pública Central irá requerer Normas Abertas a partir da primavera de 2008, e dará primazia ao software open-source. Estas normas serão alargadas à Administração Pública Local a partir do final de 2008.
O Secretário para e Imprensa da Câmara Baixa, Frank Heemskerk, referiu que esta é uma inicativa que se arrastava desde a Moção Vendrik, há 5 anos atrás.
Martijn van Dam, do partido PvdA, declarou: "Estou incrivelmente feliz. E a melhor recomendação para este plano foi a tempestade de críticas que a Microsoft tentou criar". Gerkens: "Exactamente. Termos um monopolista a queixar-se que este plano ameaça a concorrência e as forças do mercado é a suprema ironia".
A utilização de software open-source no governo não é tão obrigatória. Em igualdade de circuntâncias a preferência deve ser dada ao software open-source. Em aplicações desenvolvidas para a administração pública deve imperar o princípio de que a administração pública deve ficar na posse da propriedade intelectual do software que adquirir. Segundo Heemskerk: "Esta regra já existe, mas é frequentemente esquecida. Agora são dadas instruções mais precisas"
Implementação
A implementação de normas abertas na Administração Pública só atraiu louvores no Parlamento. Mas os partidos CDA e VVD tinham algumas reservas sobre a componente open-source, particularmente sobre o alegado efeito negativo na indústria das Teconoligas de Informação e Comunicação. Foram levantadas alguma questões relativamente à implementação do plano. Há que considerar os orçamentos de TIC, nomeadamento os da Administração Pública Local. Brigada e hotline O deputado Martijn van Dam do PvdA sugeriu a criação de uma "Brigada das Normas Abertas" e um "Hotline dos Normas Fechadas". Esta brigada seria semelhante à "Brigada Kafka" que combateu a burocracia em excesso. A "Hotline das Normas Fechadas" permitiria que cada cidadão se pudesse queixar sobre a utilização desnecessárias de normas fechadas. Locomotiva "Este era um bom plano e ficou ainda melhor agora" declarou a deputada Arda Gerken do SP. Femke Halsema, líder do partido "Os Verdes, declarou "Raramente tenho assistido a um consenso tão alargado" "Os Países Baixos estão na vanguarda com esta iniciativa. Criou-se um grande interesse no estrangeiro. E está publicada em formato ODF" declarou Heemskerk à Webworld. |
Uma empresa como as outras?
Mas de vez em quando saltam-nos notícias que desmentem a afirmação comum que me fazem de que aquela é "uma empresa como as outras". As descrições do Rui Seabra das manobras documentadas para abafar a concorrência com expedientes pouco éticos, e a falta de ética demonstrada na tentativa de fazer aprovar uma proposta de norma cheia de incorrecções e lacunas deixam-nos de facto a pensar.
Se têm tanta confiança no seu software porquê tantas manobras? Porque não se tentam evidenciar apenas pelas qualidades? Será que não acreditam no que fazem?
19 novembro 2007
Casos de Insucesso: Sindicato da polícia alemã pede troca de software Microsoft por subsídio de Natal
O novo sistema custou 73 milhões de Euros, e está frequentemente em baixo.
Comunicado original (em alemão) aqui
17 novembro 2007
ODF Workshop em Berlim
Realizou-se em 29 e 30 de Outubro, em Berlim, a Primeira Wokshop Internacional de Utilizadores de Open Document Format. As apresentações ficaram hoje disponíveis. Aconselho vivamente uma olhadela. Temos as recomendações sobre a Adopção de Normas Abertas por parte da Comissão Europeia, os casos da Bélgica, da Andaluzia, do Brasil, da África do Sul, de Munique, de Freiburg, de Bristol, do Ministério da Justiça da Finlândia, e bastantes outros.
A implementação do Open Document Format está mesmo em crescendo..
05 novembro 2007
Encontro de Software Livre e Normas Abertas
Agora com inscrição e agenda on-line para os mais retardatários:
http://slap2007.softwarelivre.gov.pt
27 outubro 2007
Software Livre na Administração Pública - 7 e 8 de Novembro
A ODF Alliance colabora no segundo dia,no evento o Futuro dos Documentos Digitais".
O primeiro dia tem 4 paineis:
10:00-11:15 Software Livre no Ensino (Básico, Secundário,Superior)
11:30- 13:30 Software Livre na Modernização da Administração Pública
14:30-15:45 -e-acessibilidade e info-exclusão
16:30-17:30 Open Standards:a visão do mercado
Iremos ter às 15:45a apresentação do Portal de Boas Práticas de software livre na Administração Pública
O segundo,com já se falou, é dedicado às Normas Abertas de Documentos Digitais e ao Open Document Format
A Agenda completa dos dois dias está aqui
24 outubro 2007
Africa do Sul adopta ODF como standard na Administração Pública
A adopção está detalhado no seguinte documento:
MINIMUM INTEROPERABILITY STANDARDS (MIOS) for Information Systems in Government
A parte respeitante ao Open DocumentFormat está contido na parte do acesso à informação:
2.9 Standards and Specifications for Information Access
"2.9.2 As such, the essential minimal level of information required to be accessed and viewed by the citizen should either be conveyed or be
capable of being converted using personalization technologies, e.g. transcoders, through the use of the basic standards in Table 3:"
Component;
Working Office Document formats (word-processing, spreadsheet, presentation)
Standard:
- UTF-8/ASCII Formatted Text [IETF]
- Open Document Format (ODF) v1.0 (ISO26300) and later Oasis versions [OASIS/ISO]
- Comma-Separated Values (CSV) [IETF]
No documento há uma definição completa do que são Normas Abertas:
2.3 Open Standards
2.3.1 There are number of definitions of open standards which emphasise different aspects of openness, including of the resultingspecification, the openness of the drafting process, and the ownership of rights in the standard. The list below contains frequently cited indicators of the openness of a standard. For the purposes of the MIOS, a standard shall be considered open if it meets all of these criteria. There are standards which we are obliged to adopt for pragmatic reasons which donot necessarily fully conform to being open in all respects. In such cases, where an open standard does not yet exist, the degree of openness will betaken into account when selecting an appropriate standard:
· it should be maintained by a non-commercial organization
· participation in the ongoing development work is based on decisionmaking processes that are open to all interested parties.
· open access: all may access committee documents, drafts and completed standards free of cost or for a negligible fee.
· It must be possible for everyone to copy, distribute and use the standard free of cost.
· The intellectual rights required to implement the standard (e.g.essential patent claims) are irrevocably available, without any royalties attached.
· There are no reservations regarding reuse of the standard.
· There are multiple implementations of the standard
Evento "O Futuro dos Documentos Digitais"
Dia 8 de Novembro vai-se realizar o primeiro Evento da Open Document Format Alliance (www.odfalliance.org) em Portugal !
Vamos colocar os "Open Standards",ou melhor, as Normas Abertas, na agenda em Portugal !
Co-organizado com o Evento "Software Livre na Administração Pública", que se realiza no dia 7 de Novembro no mesmo local: Laboratório Nacional de Engenharia Civil, em Lisboa
O programa completo dos dois eventos está disponível aqui
Inscrevam-se (slap@sg.min-cultura.com) e divulguem
26 setembro 2007
Nasce a ESOP
Dia 25 de Setembro foi um dia histórico para o Software Livre em Portugal. O nascimento da ESOP - Associação de Empresas de Software Open Source de Portugal - representa uma evolução do movimento para uma credibilidade e presença acrescida e um papel relevante no tecido económico português. Não mais "ninguém dá suporte", "isso é feito por amadores", "quem garante que isso funciona". A partir de agora há quem dê a cara pelo software livre para as empresas e administração pública portuguesas.
Já havia, como bem sabemos, mas agora que estão juntas numa associação as empresas ligadas ao software open-source irão passar a ter maior visibilidade, e o software livre mais aceitação.
E já mais se estão a juntar..
Foi particularmente gratificante o editorial da Semana Informática número 850
"Longe vão os tempos em que a imagem que os decisores possuíam do movimento open source nacional era a de um conjunto de programadores amadores cansados da hegemonia da Microsoft em diversas áreas aplicacionais e à qual declaravam uma espécie de cruzada informática contra os infièis sedeados em Redmond.
O movimento de código livre português está a atravessar uma trajectória de ascenção,que é natural graças à maturação do mercado de TI. Apesar deste pequenos avanços um conjunto de 12 empresas com actividade em Portugal uniu esforços para promover o mercado das soluções e serviços empresariais de código livre. É nesse sentido que nasce a Associação de Empresas de Software Open Source Portuguesas (ESOP), cuja missão é desenvolver e dinamizar o mercado do software aberto em Portugal e reforçar a imagem do open source.
Por outras palavras a ESOP pretende introduzir o conceito de colaboração em que assenta o movimento open source junto dos associados - situação que não se verificava com um caráter regular até ao momento, uma vez que as empresas trabalharam, na maioria dos casos, de costas voltadas umas para as outras.
Devido a esta mudança de atitude nos empresários que integram a ESOP, é de esperar que se verifiquem algumas novas parcerias e sinergias sentro deste segmento do mercado, fruto do trabalho que começará a ser realiado pelas associadas"
A única sombra neste editorial é quando se refere a um possível conflito entre o papel da ESOP e o da ANSOL.Esta é uma questão recorrente que também surgiu na sessão de apresentação da ESOP. A ANSOL, pioneira do software livre em Portugal, continuará a ter o papel importante de unir as comunidades dos programadores e utilizadores de software livre em Portugal. Na mente de todos os envolvidos está clara a distinção entre os campos de actuação das duas organizações,mas também que a colaboração que já existe continuará a existir e ainda se reforçará mais à medida que os objectivos comuns se forem atingindo.
E deixo-vos com a Press release de lançamento da ESOP
"Associação de Empresas Software Open Source Portuguesa apresentada ao público
25 de Setembro de 2007 (Lisboa)- Teve hoje lugar a apresentação pública da ESOP - Associação
de Empresas de Software Open Source Portuguesas. Fundada por 12 empresas da especialidade
com actividade em Portugal, a ESOP tem por objectivo dinamizar o mercado e melhorar a
comunicação com o sector das Tecnologias Abertas em Portugal, ajudando as empresas e seus
parceiros a encontrar software de excelência capaz de suportar o seu negócio.
O evento de lançamento teve lugar na Lispolis – Pólo Tecnológico de Lisboa e incluiu uma
apresentação da ESOP em termos de missão, visão e objectivos. A ordem dos trabalhos esteve a
cargo do Presidente da Assembleia Geral, Rui Ribeiro (Sybase), seguindo-se intervenções do vice-presidente,José Ruivo (Log), do presidente, Gustavo Homem (Angulo Sólido), e uma sessão de
perguntas e respostas.
José Ruivo referiu que o mercado do software open-source é uma grande oportunidade para as
empresas portuguesas, e que segundo a consultora Gartner este mercado já representa 13 % do
mercado de software global. Em 2011 prevê-se que cresça para 27 % do total, estimado em
169.200 milhões de dólares.
Gustavo Homem referiu que como em qualquer outro mercado é importante existir possibilidade de
escolha no mercado das Tecnologias da Informação,e que tal só será possível com a defesa do
Open Source, de Open Standards e da Interoperabilidade.
Foi enunciada a missão da ESOP:
- Dinamizar o mercado de Software Open Source em Portugal
- Reforçar a imagem do Open Source e das suas vantagens para a economia portuguesa.
- Criar sinergias nas empresas portuguesas potenciando o empreendedorimos nacional no mercado
mundial das tecnologias.
Foi também referido que as 12 empresas da ESOP empregam 299 colaboradores, contam com
3666 clientes, em Portugal e no estrangeiro, e facturam 35 milhões de Euros. Para além destes
números já existem vários pedidos de adesão de outras empresas.
Neste evento de lançamento estiveram presentes personalidades ligadas à administração pública e
meio empresarial nacional.
Sobre a ESOP
A ESOP – Associação de Empresas de Software Open Source Portuguesas tem por missão
desenvolver e dinamizar o mercado de Software Aberto em Portugal, reforçar a imagem do
OpenSource, das suas tecnologias e das suas vantagens para a economia portuguesa e mundial, e
criar sinergias das empresas portuguesas, por forma a potenciar a inovação e o empreendorismo
no mercado mundial das tecnologias.
Membros fundadores por ordem alfabética: Angulo Sólido, Arte Numérica, Caixa Mágica Software,
Datawide, Dri, Eurotux, Info Care, Intraneia, IPortalmais, Log - Open Source Consulting, Sun, Sybase
Mais informações:
http://www.esop.pt
info@esop.pt
OOoCon2007 - 20 de Setembro
OOoCon2007 - 20 Setembro
• NLP - a sustainability path to OpenOffice.org
Foi muito bom ouvir Cláudio Filho falar do projecto brasileiro, denominado BrOffice.org por questões de apropriação do nome OpenOffice.org no Brasil. O Cláudio é um amigo que a comunidade portuguesa do OpenOffice.org tem no Brasil, e das frequentes conversas que tivemos durante a conferência irá certamente nascer uma maior colaboração entre os dois projectos.
Já foram feitos 10 milhões de downloads de Openoffic.org no Brasil! É impressionante!
No Brasil existente das maiores implementações empresariais do OpenOffice.org, com 200.000 utilizadores no Banco do Brasil e 100.000 utilizadores.
Igualmente impressionante é a organização brasileira, que conta com 150 colaboradores, e é uma associação formal, com inúmeras actividades:
- tenta assumir a liderança da opinião pública
- recolhe fundos
- financia programadores
- recebe donativos de pessoas, governos e companhias
- estabelece parcerias com Universidades, Governo, Empresas
- presta serviços, como formação
- edita a revista BROffice.orgZine - em várias línguas..
Havemos de chegar lá em Portugal
Os donativos pessoais dão direito a certificados de "Amigo do BrOffice.org":-), T-shirts e CDs
A 2ª conferência anual do BrOffice.org vai-se realizar a 26 e 27 Outubro - em video conferência interactiva. Alguém de alguma empresa de telecomunicações nos pode ajudar a participar?
• OpenOffice.org & Alfresco
- Cédric Bosdonnat, da StarXpert, falou de uma das pretendidas evoluções do OpenOffice.org - a interligação com outras aplicações, com a criação de um eco-sistema de software relacionado. Netste caso falou-se da integração entre o Alfresco, um Enterprise Content Management open-source, com o OpenOffice.org.
Esta integração consiste numa extensão do OOo, o OPAL, que em breve estará disponível, e que cria um novo Menu ''Alfresco" com funcionalidades como Abrir/Guardar, Gerir Versões, Propriedades dos documentos, Pesquisar
• Thunderbird/Lightning - The missing office piece
Daniel BÖlzle e Christian Jansen apresentaram o projecto Lightning, uma extensão do cliente de e-mail Mozilla Thunderbird que inclui uma agenda e um gestor de tarefas, criando o equivalente open-source do Outlook. Está prevista uma integração entre o Lightning e o OpenOffice.org.
Trabalham neste momento no projecto 14 engenheiros, entre os quais 7 da Sun.
Em Outubro sairá a versão 0.7, com suporte de CalDav, iCalendar, WCAP (Sun Calendar Server) e Google Calendar. A versão 0.9 sairá no primeiro trimestre de 2008, e a versão 1.0 no terceiro trimestre de 2008. O projecto tem um blog com as novidades.
• GravityZoo: Bringing OpenOffice.org to the Internet
Marcel van Birgelen falou deste projecto holandês, sediado em Masstricht. Não é um projecto Web, é um projecto Cliente-Servidor, servido por uma bateria de Servidores Aplicaionais, mas em que o cliente será muito mais leve que o actual OpenOffice.org. É desenvolvido em Python, e a sua Release Candidate está prevista para Setembro 2008. Por enquanto o código é fechado.
• Positioning The Next OpenOffice.org As “Web 2.0/Work 2.0/Biz 2.0/Office 2.0" Front End
Esta foi a mais estimulante apresentação que assisti durante a conferência. Nela Arvind Mudjiarto, da Worxcode, afirma que a época em que o OpenOffice.org tentava ser uma melhor cópia do MS Office que o MS Office acabou. E que estamos agora a iniciar um período de inovação que iremos evoluir para um tratamento integrado da informação e do seu fluxo, via Web.
Neste momento utilizamos aplicações distintas para escrever documentos, para os enviarmos, para os armazenarmos localmente, para os acedermos via rede, para gerir fluxos de trabalho (workflows) , para consultar endereços. A visão de Arvino Mudjiarto é integrar tudo, conjugando um Open Document Format extendido para se poder integrar com LDAP, e criando projecto orientado para a colaboração via Web.
Imperdível!
Á margem da conferência
Não assisti a mais sessões porque estendi o intervalo en longas conversas com os outros assistentes da conferência nos jardins da Universidade. Esta é a maior vantagem em assistir ao vivo a uma conferência, em vez de apenas ver as apresentações via rede. Nada substitui uma boa conversa, e a troca de experiências que se consegue. Fizemos uma extenso conclave dos projectios em língua portuguesa, entre os delegados portugueses, brasileiros e galegos. Vamos ter certamente vários projectos conjuntos. Foi curiosa a coincidência da formação quase simultânea da ESOP - Associação de Empresas de Software Open Source de Portugal, e da AGASOL - Associación de Empresas Galegas de Software Livre, em ambos os casos com 12 empresas fundadoras. Será um número de sorte?
Foi também bom e útil falar com a Rafaella Braconi da localização do StarOffice/OpenOffice.org, tal como também tinha sido muito interessante almoçar na véspera com Barbara Held do IDABC, a principal responsável pela normalização de documentos na Europa.
Foi também bastante bom o jantar com vários membros da engenharia do StarOffice/OpenOffice.org no Porto Olímpico, seguido de uns copos na praia... Pena a conferência começar no dia seguinte ás 8 horas..
24 setembro 2007
OOoCon2007 - 19 de Setembro
A Conferência anual do OpenOffice.org já atingiu uma dimensão tal que é impossível acompanhá-la na totalidade. Neste ano de 2007 existiram sempre 4 sessões paralelas, uma Geral, e outras, consoante os dias, para Developers, ODF/XML, e Comunidades Nacionais.
Agradeço à organização que já disponibilizou as apresentações que foram feitas.
Para além disso todas elas foram filmadas pela organização eslovena Kiberpipa. Algum dos vídeos já estão disponíveis.
Deixo aqui apenas o relato das que assisti
OpenOffice.org 3.0 and Beyond – Louis Suárez-Potts
Louis Suaréz-Potts (LSP), o responsável pela comunidade OpenOffice.org, realçou que o OpenOffice.org é um projecto global, com a participação de grandes empresas – Sun Microsystems, Novell, Red Hat, RedFlag 2000(China), IBM e Google - com uma comunidade espalhada por dezenas de países, e localizações em em 100 línguas diferentes. Um projecto em que todos podem contribuir, o que é evidenciado pelos 100 milhões de downloads.
Mas LSP realçou que precisamos de ir mais longe. De evoluir do desktop para a colaboração Web. De permitir, via extensões, uma mais rápida evolução. Isto, e ainda o suporte à importação de documentos de MS Office 2007, acontecerá até ao lançamento do OpenOffice.org 3.0,
• Conferência de imprensa
O que realcei foi o grande nacionalismo das intervenções dos catalães "our country Catalunya", e os sucessos locais: o OpenOffice.org está instalado em todos os TeleCentros - pontos de acesso públicos, e nos 350 tribunais da Catalunha.
• Beyond technology - the Chinese Roadmap - Hu Caiyong - CEO da RedFlag 2000, que produz o Red Office
Esta apresentação foi surpreendentemente uma das mais interessantes, apesar de ter sido feira em Chinês ( com tradutor, claro..). Hu Caiyong, CEO da Red Flag 2000, teve um prazer especial em afirmar que o CEO da Microsoft China se tinha demitido em virtude do voto negativo da China na tentativa de adopção do MS OOXML como uma norma ISO. Mas a força da sua intervenção veio da afirmação do software como cultura, e do ênfase que estão a por na China em não fazer apenas traduções cegas do software americano, mas sim de o adaptar aos costumes locais, e de utilizar o software open-source e as normas abertas como única via para desenvolver a indústria local de software. Segundo Hu Caiyong, A Microsoft na China ignora os hábitos culturais chineses. A China precisa de documentos com alinhamento lateral, mas também verical, com 22 linhas por página e 28 caracteres por linha. Os menus têm de ser adaptados a maneira de pensar dos chineses
Na China há 1300 milhões de habitantes, mas ainda apenas 80 milhões de computadores, crescendo 20 milhões por ano. A maioria dos futuros utilizadores nunca usou um computador, Não há motivo nenhum na China para se copiar o Microsoft Office. A Red Flag 2000 pegou no OpenOffice..org e redesenhou completamente a sua interface com o utilizador, para a tornar mais intuitiva. Essa interface já foi mostrada aos engenheiros do OpenOffice.org em Hamburgo. Será que vamos aprender com os chineses?
• European public administrations define their approach on document formats
Barbara Held, IDABC (barbara.held@ec.europa.eu)
O IDABC é a entidade da Comissão Europeia responsável pelo célebre Observatório do Open-Source, e pela recomendação de adopção de normas abertos para documentos, que deu origem ao ODF e ao OOXML. Barbara Held, a coordenadora do projecto "Open Document Exchange Format", explicou que usualmente não há uma mandato para a Comissão Europeia impor nada sobre a nível europeu na área das Tecnologias da Informação, que permanece uma competências de cada estado membro. Nem participa em organismos de normalização, apenas recomenda a adopção de normas abertas.
Na perspectiva da Comissão Europeia, nem o OASIS ODF nem a ECMA OOXML são standards, pois não nem o OASIS nem a ECMA são organismos públicos. A Comissão Europeia apenas reconhece entidades como o ISO, em que os intervenientes são estados, e normas como o ISO 26300, o Open Document Format.
Os documentos são material chave das administrações publicas. Têm uma vida longa. Para assegurar a preservação desses documentos e a interoperabilidade entre administrações, os estados membros da União Europeia adoptaram um conjunto de princípios consensuais: não devem ser impostos produtos específicos, e os conteúdos não devem estar escritos em formatos proprietários.
Em resposta a estes principios, Jean Paoli da Microsoft declarava à IDABC em 2004 que a Microsoft nunca abriria o formato do Microsoft Office !
Já teve de mudar de discurso desde então, graças à adopção crescente do Open Document Format na Europa.
As recomendações europeias às Administações Públicas nacionais, decididas em Fevereiro de 2007 em Berlim, vão no sentido da utilização de formatos standard, suportados por múltiplo produto. À indústria recomenda-se evitar a proliferação de standards, melhorar os existentes (assinaturas digitais...), a não existência de subsets e supersets
Entretanto, está neste momento a ser iniciado um estudo, o "IDABC Study on Document Formats", que vai estudar ISO 26300 e OOXML, compará-los, criar conselhos de como criar documentos interoperáveis, e criar um "interoperability checker"
Robert Weir focou-se na questão da inyteroperabilidade no âmbito dos produtos que implementam o Open Document Forma: OpenOffice, StarOffice, Koffice, AbiWord, Lotus Notes 8, GoogleDocs, MSOffice com plug-in. Afirmou que combinar informação estructurada com formatação gráfica é difícil. O Photoshop garante a melhor fiabilidade gráfica, mas é um formato em que a informação mão está estruturada. O ODF tenta combinar estrutura e formatção, mas trata-se sempre de um compromisso.
A interoperabilidade entre aplicações ODF será mais fácil se se combinar o standard, uma suite de teste, e uma implementação de referência. Assim as aplicações só necessitam de assegurar a compatibilidade com a implementação de referência.
Existe já uma validação de documentos em formatos ODF, o ODF Validator, no site da Open Document Fellowship.
Improving the modularity of OpenOffice.org – Mathias Bauer
Mito: OOo é monolítico e arranca com tudo em memória
Realidade: Instalação completa: 309 bibliotecas, 102 MB em disco
Arranque sem aplicações: 68 bibliotecas, 28 MB de memória
Arranque do Writer: Mais 21 bibliotecas, 17 GB de memória
Está a decorrer um esforço de reescrita do código. Já se fez o "refactoring" da Framework. está em andamento o projecto de redesenho das bibliotecas, que ainda se vai arrastar por mais dois anos
•Political struggles in Denmark - My experiences - Leif Lodahl
Leif Lodahl (lodahl@openoffice.org) escreve o Lodahl's Blog (em inglês) onde conta a suas experiências em prol do OpenOffice.org na dinamarca.
Na Dinamarca a comunidade activa do OpenOffice.org conta 20 pessoas, e não existe uma assoicação formal. Leif acompanhou o processo da tentativa de normalização do OOXML, obterndo uma considerável cobertura mediática, um fácil acesso ao parlamenhto mas um acesso difícial ao governo.
No fianl da discussºao paralementar foi decidida a adopção de ODF e OOXML na Dinamarca - se o OOXML chegar a ser uma norma ISO.
Leif contou com a colaboração da ODF Alliance - Europa e do site NOOXML
O principal conselho do leif Lodahal foi o de procurar amigos - amigos no parlamento, amigos entre os jornalistas, amigos nos jornais.
• Releasing OpenOffice.org: translations and QA process – Rafaella Braconi Tratou-se de um sessão muito especializada na localização do OpenOffice.org . e portanto muito útil para a comundade portuguesa.
Á margem da Conferência
Uso com orgulho a minha t-shirt amarela da conferência que me deram ontem no registo a conferência. Contudo sou ofuscado pela onda de t-shirts laranjas “OpenOffice-org Mentor”. Estou fora de moda logo no primeiro dia ...
A conferência decorre logo no Grande Salão da Universidade, com grandes murais de parede, bancadas estilo igreja, bancos de parede à igreja, e púlpitos à igreja. Quem disse que o movimento do software livre é um movimento religioso não está muito enganado hoje e aqui :-)
Observações de um Mexicano depois de 20 minutos de espera para nos servirem almoço num café perto da Conferência - “Vocês aqui não Europa não têm uma cultura de serviço aos clientes, pois não ?”
Gartner: Open-source, A Grande Mudança
Os produtos open-source já representaram 13 % do mercado de software, que em 2006 atingiu 92.700 milhões de dólares. Em 2011 a Gartner prevê que representem 27 % desse mercado, estimado em 169.200 milhões de dólares.
Como consequência, a Gartner prevê uma influência crescente do software open-source. "O software open-source irá erodir a facturação das vendas de software proprietário pela oferta de soluções mais económicas e gratuitas, e causará a expansão do mercado pois conseguirá dar resposta aos requisitos das pequenas e médias empresas, que necessitam de soluções mais baratas"
Ver artigo completo na eWeek
21 setembro 2007
Holanda impõe normas abertas de documentos digitais e software "open-source"
No que se tornou já uma tendência europeia - e mesmo mundial, a Holanda decidiu a adopção de normas abertas de documentos digitais e de software "open-source". O prazo de que falam - até Abril de 2008 - implica a adopção do Open Document Format, a única norma ISO existente para documentos editáveis.
A notícia está disponível em holandês, e em inglês, e aqui está um breve resumo em português:
" O Governo holandês terá de utilizar software baseado em normas abertas de a partir de Abril de 2008.
Esta medida aumentará a abertura e acessibilidade da administração pública, fará diminuir a dependência de fornecedores de Tecnologias de Informação e Comunicação e melhorá as capacidade de inovação.
A partir de Abril de 2008 todos os serviços da Administração Pública da Holanda devem escolher software baseado em normas abertas nas suas aquisições ou actualizações de software. Somente em casos excepcionais podem adoptar software proprietário.
A partir de 1 de Janeiro de 2009 todos os departamentos da Administração Pública devem ter uma estratégia para a aquisição e utilização de software "open-source".
De acordo com o Secretário de Estado é bom que os políticos tomem conhecimentos destas direcções nas Tecnologias de Informação e Comunicação, porque não são apenas ferramentas tecnológicas, mas também uma parte importante da moderna sociedade holandesa"
19 setembro 2007
OOoCon2007 - 18 de Setembro
Tenho estado em Barcelona, nos 3 dias da OooCon2007, ou seja, a Conferência anual do projecto OpenOffice.org , edição 2007. É a segunda vez que participo numa conferência do OpenOffice.org. A primeira foi em Hamburgo, em 200X, e teve cerca de 150 assistentes. A edição de 2007 tem 1063 inscritos!
A 18 de Setembro decorreram as reuniões internas dos projectos Native-Lang (Organizações Nacionais) e Marketing.
O Rui Figueiredo da Caixa Mágica participou na sessão Native-Lang, eu participei na sessão de Marketing. Esta sessão acabou por ser apenas uma análise do melhor e pior de cada país em 2006, e do que se espera para 2008.
Os líderes do projecto de Marketing do OpenOffice.org são John McCreesh (Lead), e Florian Effenberger (co-Lead)
O melhor e o pior
- Holanda : O governo decidiu também a adopção de normas abertas e software open-source. Em 2009 toda a Administração Pública deverá estar a suportar ODF
- Itália: OpenOffice.org tem tanto impacto mediático como o MS Office. O Director de Marketing da Microsoft foi despedido devido a não estar a conseguir lidar com o avanço do OpenOffice.org em Itália.
- Brasil: Para além do Banco do Brasil com 200.000 utilizadores, outro banco, a Caixa, já implementou OpenOffice.org em 100.000 utilizadores. Uma das principais motivações para a adopção do OpenOffice.org pela Caixa foi o melhor suporte de assinaturas digitais. Os problemas levantados por o OpenOffice.org não ser uma entidade legal levaram à constituição do BrOffice.org como uma Associação.
- Portugal: Finalmente temos o OpenOffice.org em Português europeu, o projecto e a comunidade OOoPT estão a ser re-dinamizados.
-França: PSA (Peugeot-Citroen) adoptou OOo na forma de Lotus Workplace. A discussão do OOXML como possível norma ISO levou a Microsoft França a grandes incompatibilidade com muitas entidades públicas - o representante da Microsoft chamou república das bananas à França.
- John McCreesh, lider do projecto de Marketing referiu o sucesso da implementação de OpenOffice.org nos PCs da Everex, que tiveram um grande procura nas lojas da cadeia de distribuição americana Wal-Mart. Há um testemunho da Everex reconhecendo o contributo do Openoffice.org para o sucesso comercial desta iniciativa. John McCreesh referiu também o insucesso das negociação com a Dell, devido às questões de protecção contra possíveis reivindicações de violações de patentes (“Patent indemnification” )
Ameças e Oportunidades
As maiores oportunidades identificadas foram :
- As extensões, pelo que possibilitam de rápida implementação de novas funcionalidade no OpenOffice.org
- O ODF Toolkit, que está a possibilitar a mais rápida implementação de novo código e a integração com outras aplicações - exemplo , gestão de conteúdos.
- A evolução do OpenOffice.org para uma ferramenta de colaboração
Á margem da Conferência
É incrível como às 9 da noite as Ramblas estão cheias de gente, e os homens-estátuas ainda se estão a começar a instalar, competindo na expressividade artística do seu boneco. No bairro gótico (o centro histórico de Barcelona), os restaurantes ainda estão cheios às 10 da noite. Perto da Praça do Rei um acordeão toca uma peça de Bach numa pequena praça medieval. Barcelona fervilha de vida !
11 setembro 2007
IBM junta-se ao desenvolvimento do OpenOffice.org
Sem dúvida uma óptima notícia !
10 setembro 2007
Chuva de acontecimentos
- No rescaldo do JavaPT/PPPJ07 quase 100 pessoas inscreveram-se no Java User Group PT (JUGPT) o que deixa boas expectativas sobre o seu próximo arranque
- O OpenOffice 2.3 sai para a semana
- Realiza-se em Barcelona de 18 a 21 de Setembro a Conferência anual do OpenOffice.org
- A APDSI realiza a 20 de Setembro a Conferência "Software Livre - Expectativas e realidades"
- A 25 de Setembro será feito o anúncio oficial da ESOP - Associação de Empresas de Software Open Source Portuguesas
- O I Forum do Software Livre de Lisboa realiza-se a 12 e 13 de Outubro
- A 4 de Outubro sai a versão 10.3 do OpenSuSE e a 18 de Outubro o Ubuntu Linux 7.10
- O evento Open Delta aLANtejo07 decorre de 19 a 21 de Outubro em Évora
Semanas agitadas no mundo do Software Livre..
05 agosto 2007
01 agosto 2007
CT 173 - quem fica a perder..
Que o comportamento do representante da Microsoft Portugal no Comité Técnico 173 "Linguagens de Descrição de Documentos" é um inventário de tudo o que não se deve fazer quando se está a tentar construir um standard de indústria:
1 - Arregimentou vários parceiros para o dito Comité Técnico de Normalização que não acredito que tenham qualquer interesse em continuar a ir a reuniões durante os presumíveis 3 anos de vida de duração deste comité . Segundo testemunhos de vários membros do Comité, alguns vogais nunca abriram a boca nas reuniões. Quantos destes vogais saberão que mais trabalho espera este comité de normalização? Recomendo-lhes que leiam o Programa de Trabalho do ISO para SC34...
Por exemplo - que interesse genuíno terão a JP Sá Couto ou a ASSOFT na normalização de Linguagens de Normalização de Documentos ?
2 - Propôs-se presidir a um Comité de Normalização, e assumiu essa presidência, quando se estava a discutir um assunto de que era parte interessada.
3 - Propôs a votação sobre o Draft Standard DIS logo na primeira reunião do Comité Técnico de Normalização (Está na Acta, que agradecia que fosse publicada). A existência de uma votação num comité de normalização é uma excepção, o normal é chegarem-se a consensos. O agendamento de uma votação logo na sessão inicial do Comité é um indício de que não se procuravam consensos.
4- Propôs na segunda reunião que não fossem aceites mais membros para o Comité Técnico, rejeitando a presença de entidades que poderiam contribuir para o debate, e para um consenso mais alargado, como a Sun, a IBM ou o IST (Está na Acta, que agradecia que fosse publicada). Em linguagem comum, diria que a Microsoft fechou a porta na cara à Sun, à IBM e ao IST.
Um standard de indústria é por norma consensual. Demora tempo, porque envolve negociações entre empresas e consumidores, até se chegarem a soluções de compromisso que sejam aceites por todas as partes. Um exemplo é a nova norma de Wi-Fi, o 802.11n, que está em discussão desde Julho de 2004.
Ao adoptar o comportamento relatado anteriormente, o Presidente do Comité Técnico de Normalização 173 , em simultâneo representante da Microsoft Portugal no mesmo Comité, demonstrou que não entende ou não quer entender o que são standards, que não procura consensos de indústria mas apenas fazer passar rapidamente a posição de quem lhe paga o ordenado.
Quem ficou a perder com todo este caso ?
A credibilidade da Microsoft Portugal.
E pior, a imagem de Portugal no mundo das normas internacionais.
31 julho 2007
Import de PDFs no OpenOffice.org
Pois bem está a ser desenvolvida neste momento a funcionalidade de importar documentos PDF para o OpenOffice.org!
Mais informações no blog da engenharia do OpenOffice.org, o GullFOSS.
27 julho 2007
Semana JAVA - JavaPT 2007 / PPPJ.07 - 4,5,6 e 7 de Setembro
Tudo irá acontecer na Universidade Nova de Lisboa - Monte da Caparica.
A Agenda do JavaPT - 4 de Setembro - é excelente, contemplando as principais novidades Java:
09h45-10h00 : Registo e Boas-Vindas
10h00-10h45 : Open Source Java from Sun
10h45-11h30 : What's new on Netbeans 5.5, what's next for Netbeans 6
11h30-12h00 : Coffee Break
12h00-12h45 : Glassfish 2.0, the open-source application server
12h45-13h30 : Apresentação ParaRede
13h30-14h15 : Almoço
14h15-15h00 : Open Solaris
15h00-15h45 : The Next Generation Java Card
15h45-16h30 : Sun SPOT in Action: 3-D, Virtual Reality, and Gaming
16h30-17h00 : Encerramento e Sorteio de Workstation Sun Ultra 20
O segundo dia -5 de Setembro - inclui sessões técnicas e "hands-on" imperdíveis:
09h00 - 10h50 : Tutorial Sessions #1 & Industry Session (em paralelo)
- Building Ajax-Enabled JavaServer Faces Web Applications With jMaki, Dynamic Faces, and the NetBeans Visual Web Pack, Simon Ritter and ... ( SUN )
- Java from Embedded to Enterprise, an extended discussion on the IBM Technology for Java , Flavio Bergamaschi and Chris Bailey ( IBM )
- Java in the Domain of the Software Games Industry, Nélio Codices ( YDreams )
11h10 - 13h00, Tutorial Sessions #2 & Workshop (em paralelo):
- Explore Java SE 6 New Features, Simon Ritter and ... ( SUN )
- Write Once, Run Everywhere (WORA) - Fact or Fiction? , Flavio Bergamaschi and Chris Bailey ( IBM )
- Ja4Mo 07: The 1st International Workshop on Java for Mobility
14h00 - 15h30, Tutorial Sessions #3 (em paralelo):
- Darkstar Hands on Lab, Simon Ritter and ... ( SUN )
- Building Java Applications using EJB 3.0 and JPA, Mike Keith ( Oracle )
- Java code generation from formal models: the CO-OPN framework, Ang Chen, Matteo Risoldi and Didier Buchs ( University of Geneva, Switzerland
Inscrevam-se aqui (JavaPT) e aqui (PPPJ) antes de irem de férias e da habitual amnésia que acontece nessas ocasiões.
Os lugares nas sessões "hands-on" são limitados..
Nota: O JavaPT é gratuito, as sessões hands-on também, mas sujeitas às vagas, o restante do PPPJ é pago - mas muito bom..
Uma antevisão do que poderá ser o JavaPT 2007 / PPPJ.07 , com os cumprimentos ao Luis Guimarães:
European Open Source News - Julho de 2007
A Comissão Europeia está a investigar se a Microsoft se está a defender da concorrência ocultando dados técnicos das interfaces das sua aplicações Word e Excel. Isto na mesma altura em que com o formato OOXML a empresa alega estar a abrir as especificações do seu novo Office 2007, como se vê numa outra notícia desta vez sobre Portugal. Contudo já deu para ver que o processo de standards "a la Microsoft" foge do diálogo com outros fornecedores como diabo da cruz.
O browser aberto Firefox já tem uma quota de 28 % no mercado europeu. Mais cedo ou mais tarde quem pensa que continuamos num mundo monopolizado vai ter de perceber que já não é assim..
Mais grandes mudanças: o parlamento Italiano vai mudar para Linux.
Esperemos ver em breve uma notícia semelhante sobre a Assembleia da República.
Esperem para breve um post específico sobre este tema.
E também a câmara de Paris vai poupar 25 milhões de Euros mudando para software "open source". Alguém pode dar esta sugestão ao Dr. António Costa, novo Presidente da câmara de Lisboa? Parece que é necessário fazer algumas poupanças urgentes nesta cidade.
E por fim o Ministro das Tecnologias da informação da Noruega recomenda que até Janeiro de 2009 todos os documentos oficiais estejam a utilizar as normas ODF (Open Document Format) e PDF.
Lista completa das notícias :
UK: Open source email system for Welsh schools [26 July 2007]
http://ec.europa.eu/idabc/en/document/7166/469
FR: Open Source stimulation funds combined [25 July 2007]
http://ec.europa.eu/idabc/en/document/7165/469
EU: Website links European and Vietnamese Open Source developers [24 July 2007]
http://ec.europa.eu/idabc/en/document/7163/469
UK: BBC to consider making TV programs also viewable on Open Source [19 July 2007]
http://ec.europa.eu/idabc/en/document/7160/469
EU: Microsoft to face probe on Word, Excel dominance [19 July 2007]
http://ec.europa.eu/idabc/en/document/7159/469
EU: Growing use of Open Source browser in EU [16 July 2007]
http://ec.europa.eu/idabc/en/document/7157/469
IT: Parliament to switch to GNU/Linux and Open Office [16 July 2007]
http://ec.europa.eu/idabc/en/document/7156/469
PT: Portugal to vote Monday on Microsoft Office format [12 July 2007]
http://ec.europa.eu/idabc/en/document/7155/469
EU: Open Source better for public services, functionally and politically [11 July 2007]
http://ec.europa.eu/idabc/en/document/7154/469
FR: Paris council laptops to use Open Source [10 July 2007]
http://ec.europa.eu/idabc/en/document/7153/469
AT: Wienux to switch to Kubuntu at year end [09 July 2007]
http://ec.europa.eu/idabc/en/document/7152/469
DE: IT association pressures Berlin to use open standards [09 July 2007]
http://ec.europa.eu/idabc/en/document/7151/469
PL - Poland recommends open standards [05 July 2007]
http://ec.europa.eu/idabc/en/document/7146/469
NL: Groningen province plans to use Open Office [04 July 2007]
http://ec.europa.eu/idabc/en/document/7145/469
FR: Ministry of Agriculture and Fishery switches servers to Linux [04 July 2007]
http://ec.europa.eu/idabc/en/document/7144/469
ES: Andaluca wins Open Source Award [03 July 2007]
http://ec.europa.eu/idabc/en/document/7143/469
Norway: IT ministry recommends ODF [03 July 2007]
http://ec.europa.eu/idabc/en/document/7141/469
IT: Repository for Open Source software for public administration [29 June 2007]
http://ec.europa.eu/idabc/en/document/7142/469
20 julho 2007
Ainda não há mais cadeiras
Mas a julgar pela abundância de notícias vão-nos começar a oferecer mobiliário:
http://www.noticiaslinux.com.br/nl1184734915.html
http://ppires.wordpress.com/2007/07/16/
ooxml-vs-odf-the-war-is-still-ongoing-in-portugal
http://www.groklaw.net/article.php?story=2007071812280798
http://barrapunto.com/articles/07/07/17/0752256.shtml
16 julho 2007
Sun Microsystems "sem espaço" na normalização de documentos em Portugal
A Sun Microsystems é a promotora principal do OpenOffice.org, a primeira suite de documentos de escritório a utilizar o formato XML - desde o ano 2000. Foi uma das 3 empresas a quem em 2003 a União Europeia solicitou que trabalhasse na normalização dos documentos de escritório. Foi uma das maiores impulsionadores da normalização de documentos, primeiro no âmbito da organização de normas OASIS, com a criação do formato Open Document Format, e depois e depois no âmbito da "international Standards Organization", donde nasceu em 2006 o formato ISO 26300.
Em Portugal, "não tem espaço" para participar nessa discussão...
Caro G
Em virtude de termos atingido o número de membros da CT que ocupam
a sala prevista para acolher a reunião,não podemos, nesta fase
aceitar a vossa proposta de integração da CT.
Os meus cumprimentos,
D
> -----Original Message-----
> From: G
> To: D
> Subject: Comissão técnica - Linguagem de Descrição de Documentos
>
> Caro Dr D
>
> A Sun Microsystems em Portugal vem manifestar o seu interesse
> junto do ..., na sua qualidade de Organismo
> de Normalização Sectorial para o domínio das Tecnologias
> de Informação, em estar representada na Comissão Técnica
> "Linguagem de Descrição de Documentos"
>
> Cumprimentos,
>
> G
12 julho 2007
Combate á info-exclusão
Espero que quem subtraiu esta noite de minha casa o meu Toshiba Satellite A200-12x e o Mac i-book da minha companheira os aproveite para o melhoramento dos seus conhecimentos informáticos. Espero que apreciem o Ubuntu de um e o MAC OSX do outro.
E podem voltar sempre para uma ajuda caso tenham dificuldades. Tanto eu como a PSP teremos muito gosto em lhes dar algumas lições grátis de informática, e de propriedade industrial..
07 julho 2007
Software Livre na Escola - um sucesso
O Dia do Software Livre na Escola realizado no passado 5 de Julho na Escola Secundária de Palmela foi um sucesso, tendo lotação esgotada. Estiveram presentes mais de 200 escolas do país. tendo várias delas demonstrado o que estão a fazer para a promoção do ensino utilizando software livre. O programa já tinha sido publicado anteriormente neste blog.
Falou-se de Moodle, de Terminais leves, de Linux, de OpenOffice, do Concurso de Produção de de Conteúdos Educativos promovido pelo CRIE , e fundamentalmente de criatividade no ensino por parte de professores que se esforçam sem esperar recompensa.
Espero que as apresentações estejam em breve disponíveis on-line.
Outros momentos altos foram a apresentação da Junta da Extremadura, e a assinatura do protocolo entre o Ministério da Educação e a Universidade de Évora, que produz o Alinex.
O protocolo foi assinado pelo secrtário de Estado da Educação, Jorge Pedreira, e o reitor da universidade de Évora, Jorge Araújo, e diz respeito a utilização do Alinex em todas as Escolas Secundárias do país. Finalmente. Espero que esta parceria continue viva.
A apresentação de Vicente Parejo da Consejaría de Educación da Junta da Extremadura foi fascinante.
Começo por uma agradecimento pelo respeito demonstrado pelos presentes pelo facto da apresentação estar traduzida para português, e acompanhada por um filme em português.
E deixo aqui um apelo ao Ministério da Educação e á Universidade de Évora para que implementem em Portugal algo do que inacreditavelmente se faz aqui ao nossso lado:
- Duas interfaces gráficas do Linex desenvolvida expecificamente para crianças
- Prémios de 15.000 Euros para conteúdos ( O CRIE não conseguiu ser tão generoso)
- Plataforma de colaboração na Escola e com a Família - Rayutela e Populus
Recomendo vivamente uma visita ao Portal Educar.Ex
Também ouvimos as intervencões interessantes do João Neves (Ansol), Correia de Freitas( Min Edu), Arriaga da Cunha (Univ Évora), Rui Grilo (CNEL), Luis Capucha (DGIDC)
Foi distribuídos a todos os presentes o CD de "Software Livre na Escola", promovido pelo Ministério da Educação/CRIE, pela Sun Microsystems e pela ANSOL.
As minha felicitações à Equipa Multidisciplinar CRIE , agora parte da DGIDC, e ao Centro de Competência Arrábida.
Ministério de Agricultura e Pescas de França muda para Linux
O acordo inclui formação e suporte
06 julho 2007
ODF plug-in para Microsoft Office
Para Word, Excel e Powerpoint.
Está disponível aqui.
E claro, o OpenOffice.org, uma ainda melhor opção para os utilizadores de MS Office, continua disponível aqui
30 junho 2007
Estado indiano aposta no open-source para aumentar a literacia digital
O vizinho estado de Tamil Nadu (62 milhões de habitantes) está também a apostar em Linux. Os novos computadores pessoais para a Administração Pública são fornecidos com Suse Linux, a não ser que os seus utilizadores justifiquem que a aplicação que usam só funciona em Windows.
Se só utilizarem Office têm de migrar para Linux.
Fonte: ZDNet
29 junho 2007
Dia do Software Livre na Escola
A Equipa Multidisciplinar CRIE do Ministério da Educação realiza no próximo dia 5 de Julho, quinta-feira, o Dia do Software Livre na Escola. Estas jornadas vão-se realizar entre as 9:00 e as 17:45 no Auditório da Escola Secundária de Palmela, em colaboração com o Centro de Competência Arrábida.
Creio que nada conseguiria descrever melhor o espírito do evento que transcrever o seu "Propósito"
Software Livre na Educação
Um percurso
O Ministério da Educação ciente da importância crescente da utilização do software livre no ensino e na sociedade, tem vindo a promover a sua utilização nas escolas, impulsionando desde 2004 o uso do Software Livre na Escola. O primeiro e efectivo passo, foi dado com a instalação do Linux (Caixa Mágica) nas salas TIC e a sua leccionação na disciplina TIC dos 9.º e 10.º anos de escolaridade.
A Equipa CRIE (Computadores, Redes e Internet nas Escolas), desde a sua criação e em consonância com o programa governamental “Ligar Portugal”, deu continuidade a esta linha de acção através de vários eixos de trabalho. De referir, entre outras iniciativas, a instalação nas Salas TIC do Alinex, o dual boot nos portáteis da “Iniciativa Escolas, Professores e Computadores Portáteis”, a utilização generalizada da plataforma Moodle na formação e na Escola e, por último, a distribuição de um CD com software livre para Windows.
A utilização do Software Livre é promovida a nível europeu pela Comissão Europeia e em Portugal pela Assembleia da República e pelo Governo:
• A iniciativa da Comissão Europeia eEurope 2005:” An Information Society for all” é suportada num Plano de Acção (Junho de 2002). Um dos seus tópicos é dedicado ao Software Livre, e nele é assumido que a Comissão Europeia e os Estados Membros promoverão uma maior utilização de software livre no sector público; • Através da Resolução da Assembleia da República n.º 66/2004 é recomendado ao Governo a tomada de medidas com vista ao desenvolvimento do Software Livre em Portugal; • Mais recentemente, o capítulo I do Programa do XVII Governo Constitucional, no seu ponto II – UM PLANO TECNOLÓGICO PARA UMA AGENDA DE CRESCIMENTO, enuncia como uma das medidas de Mobilização de Portugal para a Sociedade da Informação, a promoção de sistemas operativos não proprietários “open source” sempre que apropriado.
É neste contexto e na continuidade do seu trabalho, que a CRIE e o Centro de Competência Arrábida levam a efeito este “Dia do Software Livre na Escola”.
10.00 - "Software Livre"
Moderador: José Victor Pedroso (CRIE)
Plano Tecnológico - Carlos Zorrinho
Ministério da Educação - João Correia de Freitas
Extremadura Espanhola - Vicente Parejo
11.30 - Painel: “Software Livre na Educação”
Moderador: Jorge Borges (CRIE)
Universidade de Évora - Luís Arriaga
ANSOL – João Miguel Neves
Centro de Competência Beira Interior – João Carlos Antunes
Representante da European Schoolnet - Karl Sarnow
15.45 - Painel: Utilização Educativa de software livre
Moderador: António Canhão (CC Arrábida)
Terminais Leves (Escola Secundária de Palmela) - Paulo Chouriço
Moodle nas Escolas (Escola Secundária de Albufeira) – Carlos Machado Nunes
Software Livre na educação artística (Escola Secundária Soares dos Reis) - Alexandre Martins
Relatos de experiência (Escola Secundária com 3º Ciclo Dr. Mário Sacramento) - Sérgio Ramos
Relatos de experiência (Agrupamento de Escolas Padre Vitor Milícias) - Artur Jorge Santos
Estudo sobre “Software Livre na Escola” – (SACAUSEF/ Univ. de Évora) - José Luís Ramos e Vítor Teodoro.
Conferência de OpenOffice.org em Barcelona
Vai-se realizar entre 19 e 21 de Setembro em Barcelona a Conferência anual do OpenOffice.org . É de aproveitar a proximidade, a seguinte será provavelmente noutro continente.
A agenda provisória já é pública, e inclui temas como
- o estado actual do projecto
- aumentando a modularidade do OpenOffice.org
- integrando o OpenOffice.org no RedFlag (China)
- Integração entre a norma ODF e a norma chinesa UOF
- "Guerrilla Advertising" no metro de Nova Iorque
- Lutas politicas na Dinamarca
- ODF na Russia
- Aqua OpenOffice.org
- Integrando OpenOffice.org e Alfresco
- Posicionando o próximo Openoffice.org na Web 2.0
e muito, muito mais
E Barcelona é fantástica...
As inscrições (gratuitas) já estão abertas.
25 junho 2007
Revista Zine da Comunidade OOo do Brasil
Recomendo uma olhadela à Revista ZINE editada pelo BrOffice.org, a comunidade do OpenOffice.org do Brasil.
Obrigado ao Pacheco Vieira por me chamar a atenção.
20 junho 2007
Sociedade da Informação : a demissão do estado
UM
O estado lança uma iniciativa de literacia digital, e fá-lo através de um site fornecido por uma empresa que a aproveita para promover os seus produtos, que são já largamente predominantes.
DOIS
O estado lança uma iniciativa de colocar computadores e banda larga móvel nas mãos de milhares de alunos e professores, sem providenciar a formação no novo sistema operativo e Office que conforme divulgado publicamente os acompanha. Contrata sem concurso público o software da empresa dominante no mercado, cravando mais um prego no caixão da competitividade e da concorrência. Fá-lo porventura de uma forma formalmente legal, mas através do subterfúgio de serem as empresas de telecomunicações a pagar a factura, sem o dinheiro entrar no ciclo de controlo ( e de consultas públicas) do estado.
As ofertas dos vários fornecedores de portáteis parceiros da iniciativa, e dos operadores móveis que pagam a factura são cartelizadas sendo oferecidas aos utilizadores pelos mesmos preços negociados. Deste modo o estado subsidia os concorrentes mais caros para que estes apareçam com o mesmo preço dos mais baratos.
O estado demite-se de promover a concorrência.
Demite-se também de promover a interoperabilidade entre produtos de software
E demite-se de promover a formação nesses novos produtos......
TRÊS
O estado lança uma iniciativa de e-mail gratuito para todos, o MegaMail. E depois demite-se, e aceita patrocinar uma plataforma de uma empresa, o Live@Edu. Uma iniciativa internacional de uma empresa comercial alojada num site do estado.
Não se sabe se depois de ter obtido clientes nas Universidades não irá começar a cobrar pelos serviços. E será coincidência o facto de este serviço ser lançado poucos meses depois do número 2 da FCCN ter migrado para a Microsoft ?
QUATRO
É lançado pelo Instituto de Informática um Comité Técnico sobre a normalização de documentos, mas o organizador demite-se e deixa que a empresa com mais interesses instalados fique a presidir à comissão.
E NADA
E enquanto aceita todas estas ofertas gratuitas, o estado recusa todas as ofertas de software gratuito que lhe fazem. Os professores não conhecem esses produtos gratuitos, alegam. Pois também não conhecem o Microsoft Office 2007, que é muito mais diferente do Microsoft Office 2003 que o OpenOffice.org.
Enquanto mais e mais estados lançam iniciativas para promover a interoperabilidade e a defesa de normas abertas, condições para assegurar a livre concorrência e um ambiente competitivo, o estado português demite-se e aceita reforçar o predomínio de um só fornecedor de software para a administração pública.
A DEPENDÊNCIA
Ao não promover a competição, o estado só pode negociar melhores condições através do favor de um desconto. Que será pago à custa de outros favores.
Enquanto outros estados mesmo da dimensão do nosso têm fortes equipas de tecnologias de informação que traçam estratégias e asseguram uma validação das tecnologias e normas a adoptar, o estado português tem equipas diminutas, e está dependente dos fornecedores, das suas ofertas e dos seus planos de lançamento de produtos para implementar essas políticas.
Onde está o estudo sobre o impacto do lançamento do Vista e do Office 2007 nas Escolas e na Administração Pública?
Quando o o estado se demite de planear, as políticas dos fornecedores tornam-se a política do estado.
Como estamos a assistir.